A Zombie Walk, marcha de pessoas fantasiadas de zumbi que acontece todo ano durante o carnaval de Curitiba, reuniu milhares de mortos-vivos na na Boca Maldita, no Centro da cidade. O grupo se concentrou desde o meio-dia na Boca Maldita. A grande quantidade de participantes fez com que boa parte do calçadão da XV de Novembro ficasse cheio.
A caminhada começou por volta das 14h, sendo puxada por motociclistas do grupo Hell's Angels. O grupo caminhou pela XV, passou pelo Paço da Liberdade e seguiu até o Curitiba Rock Carnival, na Praça Eufrásio Correa, onde acontecem shows da programação do festival de rock. Não houve registro de ocorrências durante todo o trajeto, segundo a Polícia Militar. A expectativa dos organizadores era de até 8 mil participantes, mas o número - que não foi confirmado pelos organizadores - pode ser ainda maior.
Veja fotos das fantasias do Zombie Walk
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Duas tendas na Boca Maldita faziam maquiagem em quem também queria virar zumbi. Muitos curiosos passavam e paravam para observar as maquiagens e fantasias elaboradas, com sangue, tripas e pedaços de cérebro.
Fã da série de TV The Walking Dead, Angélica Silva, 25, veio de Foz do Iguaçu para ver a marcha. "É um tabu que estamos quebrando: existe sim carnaval em Curitiba. Carnaval pra quem não gosta de praia e de samba", comenta.
Este ano, ao contrário dos anteriores, não teve competição de fantasia. "Este ano não houve premiação. Então os participantes vieram não apenas pensando em competição. Tivemos que reestruturar muitas coisas e esta é apenas uma delas. No ano que vem pretendemos deixar a Zombie Walk Curitiba melhor do que já é", espera Docca Soares, organizador da marcha.
Um guarda de trânsito ensanguentado chama a atenção ao tentar aplicar multas. É Prudente Itá Rodrigues, 51, que é instrutor de autoescola e diz que escolheu a vestimenta para "homenagear" os colegas de trabalho. É a segunda vez que ele participa da marcha.
O "papa reencarnado" Geverson Cunha, 28, analista de sistemas, diz que escolheu a fantasia inspirado na banda sueca Ghost, que causou polêmica ao se apresentar no Rock in Rio do ano passado com um show que simulava uma "missa satânica". "Essa marcha é uma alternativa do Carnaval pra quem gosta de rock", sintetiza.
Deryk Zacarias e Camila Prohmann participam pela segunda vez da marcha, vestidos como noivos que morreram no casamento. Camila se inspirou na noiva cadáver, personagem de um longa-metragem do diretor Tim Burton. O casal conta que costuma participar de vários Zombies pelo Brasil, mas o melhor, pra eles, é o de Curitiba.Simulação de invasão zumbi
No ano passado, a marcha reuniu cerca de 6 mil pessoas, mesmo embaixo de chuva. O primeiro Zombie Walk, em 2008, teve pouca adesão e foi se popularizando ano a ano. A mobilização é uma mistura de flashmob e festa de Carnaval e começou nos EUA no início dos anos 2000. É feita uma simulação de invasão zumbi nos moldes dos filmes de terror B.
Zombie Walk reúne milhares de mortos-vivos em Curitiba
Marcha de pessoas fantasiadas de zumbi que acontece todo ano reuniu milhares de mortos-vivos na na Boca Maldita, no Centro da cidade. Grupo de ensanguentados saiu em marcha até o Curitiba Rock Carnival, em frente à Câmara Municipal.
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