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Primeiros “foliões” zumbis chegaram à Boca Maldita ao meio-dia. | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Primeiros “foliões” zumbis chegaram à Boca Maldita ao meio-dia.| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

O tempo bom que fazia na capital por volta de meio-dia deste domingo (7), início da concentração na Praça Osório, levou milhares às ruas neste carnaval para brincar de mortos-vivos na 9ª Zombie Walk. O evento integra a programação do Psycho Carnival, o carnaval alternativo da cidade.

VÍDEO: veja como foi a marcha de zumbis

A Polícia Militar estima que 15 mil pessoas participaram do evento. A Fundação Cultural de Curitiba disse que a concentração reuniu 20 mil pessoas e a organização fala em até 25 mil participantes. A presença de público superou a expectativa inicial da organização, que esperava 10 mil pessoas. No ano passado, seis mil pessoas compareceram ao evento. Apesar do grande número de participantes, nenhuma ocorrência foi registrada pela Polícia Militar até às 17h.

A vendedora Ana Reis, 33 anos, levou a família e os amigos pela primeira vez à marcha após conferir que o tempo estava “firme”, que durou durante toda a concentração e só mudou ao final do evento, por volta das 16h40, quando a caminhada estava na Praça Nossa Senhora de Salete, o ponto final.

Os participantes capricharam na escolha das maquiagens e fantasias. Além das escolhas tradicionais como noiva cadáver e caçadores de zumbis, houve quem ousasse e inovasse como o diretor de marketing Juliano Trevisan, que optou por ser um zumbi com estilo (veja na galeria) . Ele se inspirou num clipe da cantora Madonna e acabou virando “atração”, com muitos pedidos de fotos. Tatiana Romaina escolheu a fantasia de Aedes Aegypti e distribuía folhetos para conscientizar os participantes do evento sobre o zika. A cabeleireira carioca Bruna Lima decidiu não se fantasiar, mas levou o cachorro Sheldon pela primeira vez e o transformou em um pet zumbi.

GALERIA DE FOTOS: veja imagens da Zombie Walk

O professor Fábio Pusse, de 45 anos, levou pela primeira vez a família e amigos dos Estados Unidos para a marcha. Ele tinha visto fotos na internet e se animou. “A expectativa é de um evento divertido e tranquilo”, disse ele.

Ao meio-dia, sob sol forte, os foliões bebiam muita água e passavam protetor solar onde era possível – muitos tinham boa parte do corpo maquiada.

Durante a caminhada, que começou por volta das 14h40, os foliões eram parados para tirar muitos selfies e receber elogios de quem estava ali só para olhar. A bancária Jenifer Soczek e a chef de cozinha Renata Pivoto foram assistir pela primeira vez e eram só elogios. “As fantasias estão muito criativas”, disseram.

Evento família

O evento reuniu pessoas de todas as idades e especialmente famílias inteiras. A guarda municipal Lucélia Flores levou o marido, que também é guarda municipal, e os dois filhos para uma diversão conjunta. Entre os mortos vivos a reportagem encontrou até avó e neta, que pela segunda vez participaram da marcha e compartilham da mesma paixão. A aposentada Lourdes Carvalho, de 63 anos, levou a neta Melissa, 13 anos, fizeram questão de se maquiar e colocar a roupa mais “terrível” que encontraram. “Não gosto de carnaval, mas adoro zumbis e vejo todas as séries na tevê sobre eles”, disse Lourdes.

De acordo com Flávia Noguera, uma das organizadoras do evento, a característica do público foi o grande motivo do sucesso do evento, que está garantido para o carnaval de 2017. “Os participantes podem esperar muitas novidades e surpresas porque a Zombie Walk vai continuar”, garantiu.

Trajeto

O trajeto dessa edição foi mais longo que o dos anos anteriores: o desfile zumbi seguiu pela Rua XV, passou pelo Paço Municipal e desceu pela Rua Riachuelo. Após cruzar a Praça 19 de Dezembro, o cortejo percorreu a Avenida Cândido de Abreu em direção ao destino final, na Praça Nossa Senhora da Salete. Lá, os participantes foram recebidos por cinco bandas, como a Rádio Cadáver e a S.O.S Chaos, que tocaram clássicos dos rocks.

Na Praça Osório, onde ocorreu a concentração, a organização disponibilizou banheiros químicos e também standes para fazer a maquiagem na hora, que saía de R$ 10 a R$ 30, dependendo da maquiagem escolhida.
O croquis urbano de Curitiba também esteve presente fazendo retratos dos participantes.

Zombie Walk leva 20 mil pessoas ao centro de Curitiba

Tradicional festa do carnaval da capital paranaense, a Zombie Walk realizou uma caminhada da Boca Maldita até o Museu Oscar Niemeyer com pessoas fantasiadas de zumbis e outras criaturas da TV e dos cinemas.

+ VÍDEOS

  • Zumbis “esquentam os tamborins” na Praça Osório para sair em caminhada.
  • As famílias estão chegando para encarar caminhada em dia agradável até o MON.
  • A Praça Osório já recebia bastante gente por volta do meio-dia.
  • Familia Flores pelo quinto ano na marcha: Lucélia e o marido são guardas municipais e trouxeram os filhos para se divertir.
  • Lais Abrahão e Laura, ambas de 13 anos, com Laurimar Costenar, que acompanha as meninas pela primeira vez.
  • Jeferson Nunes e família, fantasiados de minions rebeldes. “-Curitiba já é uma cidade única e só por isso merece um carnaval diferente”, disse ele.
  • Alexsander Issa, advogado, 30 anos: primeira vez na Zombie Walk como noiva zumbi.
  • Caçadores de zumbis também foram à Zombie Walk.
  • Tatiana Romaina foi à marcha vestida de Aedes Aegypti e levou panfletos alertando sobre o zika vírus.
  • A família de Thays Erthal escolheu marchar como zumbis da Família Flintstones.
  • Maquiagem antes da marcha.
  • Muito “sangue” na Rua XV de Novembro.
  • Jovens capricharam na maquiagem: “cortes” profundos e cabelos multicoloridos.
  • Lourdes Carvalho, 63 anos, e Melissa: avó e neta juntas pelo segundo ano. “-Não gosto de carnaval, mas adoro zumbis.”
  • Contos de fada macabros...
  • Sheldon é um pet zumbi. A dona é a cabeleireira Bruna Lima, que o trouxe pela primeira vez na marcha.
  • Alícia Moretto com sua mãe Karla e sua tia Keyse: após dois anos de marcha com chuva, o dia promete muito “terror” sob o sol.
  • A primeira parada foi no Paço, de onde seguiram para a Praça Nossa Senhora de Salete.
  • O diretor de marketing Juliano Trevisan optou por ser um zumbi com estilo. Ele se inspirou num clipe da cantora Madonna para criar a fantasia.
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