O tempo bom que fazia na capital por volta de meio-dia deste domingo (7), início da concentração na Praça Osório, levou milhares às ruas neste carnaval para brincar de mortos-vivos na 9ª Zombie Walk. O evento integra a programação do Psycho Carnival, o carnaval alternativo da cidade.
VÍDEO: veja como foi a marcha de zumbis
A Polícia Militar estima que 15 mil pessoas participaram do evento. A Fundação Cultural de Curitiba disse que a concentração reuniu 20 mil pessoas e a organização fala em até 25 mil participantes. A presença de público superou a expectativa inicial da organização, que esperava 10 mil pessoas. No ano passado, seis mil pessoas compareceram ao evento. Apesar do grande número de participantes, nenhuma ocorrência foi registrada pela Polícia Militar até às 17h.
A vendedora Ana Reis, 33 anos, levou a família e os amigos pela primeira vez à marcha após conferir que o tempo estava “firme”, que durou durante toda a concentração e só mudou ao final do evento, por volta das 16h40, quando a caminhada estava na Praça Nossa Senhora de Salete, o ponto final.
Os participantes capricharam na escolha das maquiagens e fantasias. Além das escolhas tradicionais como noiva cadáver e caçadores de zumbis, houve quem ousasse e inovasse como o diretor de marketing Juliano Trevisan, que optou por ser um zumbi com estilo (veja na galeria) . Ele se inspirou num clipe da cantora Madonna e acabou virando “atração”, com muitos pedidos de fotos. Tatiana Romaina escolheu a fantasia de Aedes Aegypti e distribuía folhetos para conscientizar os participantes do evento sobre o zika. A cabeleireira carioca Bruna Lima decidiu não se fantasiar, mas levou o cachorro Sheldon pela primeira vez e o transformou em um pet zumbi.
GALERIA DE FOTOS: veja imagens da Zombie Walk
O professor Fábio Pusse, de 45 anos, levou pela primeira vez a família e amigos dos Estados Unidos para a marcha. Ele tinha visto fotos na internet e se animou. “A expectativa é de um evento divertido e tranquilo”, disse ele.
Ao meio-dia, sob sol forte, os foliões bebiam muita água e passavam protetor solar onde era possível – muitos tinham boa parte do corpo maquiada.
Durante a caminhada, que começou por volta das 14h40, os foliões eram parados para tirar muitos selfies e receber elogios de quem estava ali só para olhar. A bancária Jenifer Soczek e a chef de cozinha Renata Pivoto foram assistir pela primeira vez e eram só elogios. “As fantasias estão muito criativas”, disseram.
Evento família
O evento reuniu pessoas de todas as idades e especialmente famílias inteiras. A guarda municipal Lucélia Flores levou o marido, que também é guarda municipal, e os dois filhos para uma diversão conjunta. Entre os mortos vivos a reportagem encontrou até avó e neta, que pela segunda vez participaram da marcha e compartilham da mesma paixão. A aposentada Lourdes Carvalho, de 63 anos, levou a neta Melissa, 13 anos, fizeram questão de se maquiar e colocar a roupa mais “terrível” que encontraram. “Não gosto de carnaval, mas adoro zumbis e vejo todas as séries na tevê sobre eles”, disse Lourdes.
De acordo com Flávia Noguera, uma das organizadoras do evento, a característica do público foi o grande motivo do sucesso do evento, que está garantido para o carnaval de 2017. “Os participantes podem esperar muitas novidades e surpresas porque a Zombie Walk vai continuar”, garantiu.
Trajeto
O trajeto dessa edição foi mais longo que o dos anos anteriores: o desfile zumbi seguiu pela Rua XV, passou pelo Paço Municipal e desceu pela Rua Riachuelo. Após cruzar a Praça 19 de Dezembro, o cortejo percorreu a Avenida Cândido de Abreu em direção ao destino final, na Praça Nossa Senhora da Salete. Lá, os participantes foram recebidos por cinco bandas, como a Rádio Cadáver e a S.O.S Chaos, que tocaram clássicos dos rocks.
Na Praça Osório, onde ocorreu a concentração, a organização disponibilizou banheiros químicos e também standes para fazer a maquiagem na hora, que saía de R$ 10 a R$ 30, dependendo da maquiagem escolhida.
O croquis urbano de Curitiba também esteve presente fazendo retratos dos participantes.
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