Com média anual de visitação de 1 milhão de pessoas, o Parque do Ingá é uma das principais atrações turísticas de Maringá, no Noroeste do Paraná, mas vem perdendo, desde o mês passado, um dos principais atrativos para os visitantes. Os cerca de 190 animais do zoológico estão sendo transferidos para locais apontados como adequados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Cerca de 50 já foram retirados o zôo tem felinos, répteis, mamíferos, aves, entre outros.
Com a retirada, só ficarão no local os animais de vida livre, como pássaros, sagüis, quatis e gansos, que circulam entre os visitantes. Segundo a bióloga Anna Christina Esper Faria, a necessidade de transferência foi apontada pela equipe do plano de manejo do parque, composta por 30 profissionais.
Anna Maria comandou no ano passado a revitalização das jaulas dos animais, tirando o piso de concreto e deixando chão com terra para deixar mais próximo ao hábitat natural. Mesmo assim, o quadro de estresse continuou em alguns bichos. A situação dos dois leões é uma das mais preocupantes: eles ocupam uma área de apenas 36 m2. A bióloga explicou que uma alternativa seria ampliar a área das jaulas, mas que para isso a prefeitura precisaria derrubar algumas árvores nativas, o que é crime ambiental. A bióloga acredita que o parque não vai perder seus visitantes pelo fechamento do zoológico, até porque, no próximo mês, serão anunciadas novas atrações e propostas para o local. Entre as novidades em discussão estão orquidário, museu, implantação de trenzinho elétrico, entre outras medidas focadas em preservação e educação ambiental. Mesmo assim, quem visita o parque não deixa de lamentar a saída dos bichos. "O parque sem zoológico não tem graça", lamentou o vigilante Emerson Roberto Espinhosa, 31 anos, de Presidente Prudente (SP), e que visitava Maringá ontem com a família. "Tem é que trazer mais animais e não tirar os que estão aqui."
Entre as cidades para onde os bichos foram encaminhados estão Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, Antonina, no litoral do estado, e Piracicaba (SP). São criadouros ou grandes áreas abertas naturais mantidas por grupos que trabalham pela preservação de espécies silvestres.