Lupi deixou o Ministério do Trabalho em 2011, na “faxina” de Dilma. Mas seguia no Conselho de Administração do BNDES| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Dois anos depois de sair do governo, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, deixou o Conselho de Administração do Banco Nacional de De­senvolvimento Econômico e Social (BNDES) para disputar as eleições deste ano. Lupi chegou ao conselho em 2007, quando foi nomeado ministro pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Em dezembro de 2011, foi demitido na "faxina" promovida pela presidente Dilma Rousseff, mas continuou conselheiro do banco estatal. O pedetista foi exonerado do Trabalho em meio a acusações de irregularidades que envolviam organizações não governamentais e o ministério. O dirigente pedetista sempre negou envolvimento em qualquer ilegalidade.

"Não dá para conciliar o conselho com a eleição, então já deixei formalizada e a presidente Dilma Rousseff vai assinar minha saída. Preciso estar apto para a candidatura", disse Lupi, que disse ainda não saber que cargo disputará. Ele ainda negocia o apoio do PDT na eleição para governador do Rio e tem conversado com os prováveis candidatos do PMDB, Luiz Fernando Pezão, e do PT, Lindbergh Farias.

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Lupi disse que, nos últimos dois anos, não foi pressionado a deixar o conselho do BNDES, já que não estava mais no governo. "Nunca houve nenhum pedido para que eu saísse. Ao contrário, continuei minha atuação no conselho normalmente", afirmou. O presidente do PDT trava uma briga interna com o grupo de outro ex-ministro do Trabalho, Brizola Neto. Aliado de Lupi, o atual ministro, Manoel Dias, não pretende indicar o substituto de Lupi e deixará a escolha para a presidente Dilma. Os conselheiros do BNDES têm remuneração de R$ 6,5 mil mensais.