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Carvalho: evangélicos decidiram recusar diálogo com o ministro | Alan Marques/Folhapress
Carvalho: evangélicos decidiram recusar diálogo com o ministro| Foto: Alan Marques/Folhapress
  • Mantega: denúncia de corrupção na Casa da Moeda respinga no ministro
  • Pimentel: suspeita de enriquecimento com consultorias suspeitas

Carvalho ‘azeda’ relação com base evangélica

Das agências

Senadores e deputados da bancada evangélica, além de pastores, decidiram ontem não reconhecer mais o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, como interlocutor do governo com o segmento religioso. Uma das atribuições da pasta de Carvalho é conversar com movimentos religiosos. A expressiva bancada evangélica é considerada estratégica para que o Planalto consiga aprovar matérias de seu interesse no Congresso.

Durante palestra no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, no mês passado, Carvalho disse que o Estado deve fazer uma disputa ideológica pela "nova classe mé­­dia", que estaria sob hegemonia de setores conservadores comandados por "pastores de televisão".

A declaração desagradou os evangélicos. O senador Magno Malta (PR-ES), porta-voz dos evangélicos e da Frente da Família no Congresso, anunciou ontem que encaminhará a Dilma uma nota de repúdio.

O Planalto logo percebeu o potencial do estrago no Legislativo ao desagradar os evangélicos. E marcou para hoje uma reunião de Gilberto Carvalho com parlamentares do segmento religioso.

Durante reunião de ontem entre senadores, deputados e pastores evan­­gélicos, houve também manifestação de repúdio ao ativismo da nova ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Meni­­­­cucci, favorável ao aborto. Foi distribuída a carta-compromisso que Dilma Rousseff assinou no segundo turno das eleições presidenciais, em 2010, se comprometendo a não enviar ao Congresso projetos pró-aborto.

Mantega nega rumores de que vai se demitir

Folhapress

Cada vez mais pressionado em virtude das denúncias de corrupção na Casa da Moeda, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teve ontem de negar rumores de que irá deixar o governo. "Acho que são piadas de mau gosto. Não vejo boato nenhum", disse ele. Para conter a crise, a presidente Dilma Rousseff determinou que o ministro compareça ao Congresso – o que deve ocorrer entre os dias 13 e 14 de março.

Oficialmente, o ministro irá falar sobre o cenário econômico. Mas a sessão servirá também para que Mantega explique a indicação do ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci, exonerado por suspeita de receber propina de fornecedores da estatal.

O ministro é acusado por ter indicado Denucci ao cargo e por não ter tomado providências diante de alerta de irregularidades na gestão do órgão. Ele nega e diz que foi o PTB que indicou o ex-presidente.

O Planalto aposta que até meados de março a crise em torno de Mantega perca fôlego. Enquanto isso, a base aliada está orientada a barrar requerimentos no Congresso para Mantega depor.

Mas a oposição, em outra frente, decidiu levar ao Mi­­nistério Público Federal (MPF) as denúncias de corrupção na Casa da Moeda. DEM e PSDB querem que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, in­­vestigue se houve crime de improbidade administrativa do ministro Mantega.

Comissão de Ética decide investigar Pimentel

Das agências

A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu na noite de segunda-feira investigar os ganhos do ministro do Desen­­volvimento, Fernando Pimentel, com consultoria entre 2009 e 2010. A denúncia havia sido formulada pelo PSDB.

A decisão da comissão atinge um dos ministros mais próximos da presidente Dilma Rousseff. Surpreendida pela decisão, Dilma teria decidido não renovar no meio do ano o mandato de cinco dos sete integrantes do órgão. A presidente entende que a comissão estaria extrapolando suas funções. O julgamento de Pimentel, porém, deve ocorrer antes disso.

Depois de sair da prefeitura de Belo Horizonte e antes de entrar no governo Dilma, Pimentel faturou R$ 2 milhões em serviços de consultoria, inclusive durante o período em que ele atuou como um dos coordenadores da campanha eleitoral da presidente. Metade desse total foi pago pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por serviços de consultoria na elaboração de projetos na área tributária e palestras que nunca ocorreram.

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