Brasília (Folhapress) Trinta e seis deputados federais e quatro senadores recusaram ou anunciaram que devolverão os R$ 12.847,20 que o Congresso pagará para cada um dos parlamentares devido à convocação extraordinária no período de recesso. No total, são 513 deputados e 81 senadores.
Um dos principais objetivos da convocação, que custará no total quase R$ 100 milhões, foi acelerar os processos de cassação de parlamentares envolvidos no escândalo do mensalão, porém o Conselho de Ética da Câmara entrou de "férias" e retoma as atividades só no dia 9 de janeiro.
As duas Casas também ficaram praticamente vazias nos últimos 12 dias de convocação. Só ontem, por exemplo, uma das sub-relatorias da CPI dos Correios ouviu depoimentos. Já a comissão de Orçamento pelo segundo dia consecutivo não conseguiu votar relatórios setoriais à proposta orçamentária por falta de quórum.
O pagamento da primeira parcela da convocação já foi autorizado ontem pela Câmara. O dinheiro, entretanto, só cairá na conta dos deputados amanhã devido à demora do sistema de processamento da Casa. Já o Senado fará o depósito no dia 12 de janeiro. A segunda parcela está prevista para ser paga em fevereiro de 2006.
Dos 36 deputados que se recusaram a receber o recurso extra, dez comunicaram à direção da Câmara que não queriam receber o dinheiro somente após o encerramento do prazo. Com isso, terão a parcela depositada, mas informaram que não ficarão com a quantia. A segunda parcela, nesses casos, não será depositada.
Alguns deles também solicitaram que o recurso fosse depositado na conta de instituições que cuidam de pessoas idosas, crianças carentes e fazem trabalhos assistenciais.
Os quatro senadores que não aceitaram receber pela convocação são Cristovam Buarque (PDT-DF), Eduardo Suplicy (PT-SP), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Pedro Simon (PMDB-RS).
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