A aprovação da gestão Gustavo Fruet (PDT) em Curitiba melhorou um pouco em relação à última pesquisa de opinião, realizada em março. Subiu de 29,6% para 33,5%, praticamente dentro da margem de erro do levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, que é de 3,5 pontos porcentuais. Os números mostram uma leve inversão entre os porcentuais de aprovação e reprovação de abril de 2013 até agora. A aprovação de Fruet em abril de 2013 era de 65,8%, índice próximo ao da reprovação em junho de 2015 (62,2%).
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A pequena melhora em relação a março não muda a tendência de queda na avaliação da gestão Fruet, segundo o cientista político Doacir Quadros, do Grupo Uninter. “O aumento da aprovação é insignificante dentro do contexto de queda”, afirma. Na outra linha, a desaprovação aumentou de 26,8% em abril de 2013 para 65,5% em março de 2015, caindo para 62,2% em junho de 2015.
Efeitos eleitorais
Os efeitos eleitorais da pesquisa não são diretos, alerta Quadros. “A avaliação é da gestão, não da popularidade do prefeito Fruet. Independentemente da avaliação da gestão, os eleitores costumam escolher o prefeito com base nas atribuições pessoais.”
Quadros destaca que, apesar do cenário negativo, a avaliação de Fruet ainda é melhor que as da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador Beto Richa (PSDB), ambos com taxas de reprovação na casa dos 80%. Ele atribui essa maior aprovação relativa da prefeitura ao foco do noticiário na mídia. “Os meios de comunicação atribuem falhas e dificuldades aos governos federal e estadual. Nessas críticas, a prefeitura aparece minimamente”, diz.
Para Quadros, a pesquisa é um alerta para Fruet, caso pretenda disputar a reeleição em 2016. “Além de problemas na avaliação, deve-se considerar que um levantamento feito com base em dados do Tribunal Regional Eleitoral mostra o aumento da dificuldade para os prefeitos se reelegerem. Em 2004, 82% dos prefeitos que se candidataram se reelegeram. Em 2012 esse número caiu para 47%”, afirma.
Saúde mal avaliada
A gestão da saúde é o calcanhar de aquiles da gestão Fruet, segundo a pesquisa. Os que consideram a gestão da saúde ótima e boa diminuíram de 13,5 em fevereiro para 13,1% em junho deste ano, enquanto os que acham a gestão regular, ruim e péssima se mantiveram em 60,9% do total. “Os problemas nessa área são antigos, só que agora não dá mais para atribuí-los à gestão anterior. Além disso, greves de servidores impactaram o atendimento da população”, diz Doacir Quadros.
A avaliação da educação é a melhor entre os setores analisados. Os que consideram a gestão ótima e boa aumentaram de 18,7% para 20,7% de fevereiro para junho. No mesmo período houve queda dos que consideram a gestão regular, ruim ou péssima, de 54% para 47,8% .
A avaliação positiva da gestão da área social ficou estável em 18,3%. Os que consideram a gestão regular, ruim ou péssima caíram de 42,8% para 37,8%.
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