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Dr. Rosinha, deputado federal (PT-PR) | Leonardo Prado/Ag. Câmara
Dr. Rosinha, deputado federal (PT-PR)| Foto: Leonardo Prado/Ag. Câmara

Vinte dos 30 deputados da atual bancada paranaense na Câmara dos Deputados (66,6%) integram a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O sucesso dos ruralistas nas urnas coincide com a força econômica do agronegócio nas doações de campanha de 2010. Entre os R$ 16,5 milhões doados por pessoas jurídicas aos 30 deputados federais eleitos pelo estado, R$ 6,4 milhões (39,5%) vieram do setor (R$ 1,45 milhão apenas de cooperativas agrícolas).

A proporção de ruralistas eleitos, contudo, não reflete a distribuição da população, nem a participação do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná. Segundo dados preliminares do Censo de 2010, dos 10.439.601 habitantes do estado, 8.906.442 pessoas (85%) moram em áreas urbanas e 1.533.159 (15%) em zonas rurais. Além disso, o Ipardes estima que o setor corresponde a 35% do PIB estadual.

"O que os ruralistas têm de diferencial mesmo é o peso econômico no financiamento de campanhas. É sob esses interesses que eles trabalham", critica o deputado federal Dr. Rosinha (PT), que é membro da Frente Parlamentar Ambientalista, grupo que conta formalmente com 192 deputados. Treze são paranaenses, mas dentre eles há dez que também são integrantes da frente agropecuária – como os líderes ruralistas Moacir Micheletto e Reinhold Stephanes, ambos do PMDB.

Segundo avaliação do De­­­partamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), apesar de conseguir formar uma frente teoricamente numerosa, os ambientalistas não conseguem se firmar entre os grandes grupos de interesse do Congresso. Eles são considerados menos articulados que as bancadas empresarial, sindical, evangélica, da saúde, da educação e dos meios de comunicação. (AG)

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