A presidente Dilma Rousseff (PT) completa nesta terça-feira (1º) oito meses do seu segundo mandato. A oposição e a opinião pública cobram, porém, a falta de coerência entre o que foi dito por ela na campanha eleitoral e o que foi feito depois da posse . Os discursos de campanha, defendendo medidas sociais e de combate à pobreza, deram espaço a medidas que eram defendidas pela oposição. Depois de acenar com dias melhores às pessoas das classes mais baixas, Dilma teve que reconhecer a necessidade de medidas impopulares que a desgastam com seus eleitores. Confira algumas delas:
Crise econômica
Na campanha, a crise era culpa da conjuntura mundial e estava controlada.
No novo governo, é um problema que não foi reconhecido antes.
Política de juros altos
Na campanha, a política de juros altos era coisa de tucano que ‘plantava juros para colher inflação’.
No novo governo, o aumento é prática comum necessária para segurar a inflação.
Corte de ministérios
Na campanha, a corte de ministérios era ‘cegueira tecnocrática’.
No novo governo, o corte de ministérios virou parte do pacote de enxugamento de gastos do Executivo.
Direitos trabalhistas
Na campanha, os direitos trabalhistas não seriam afetados nem que a ‘vaca tussa’.
No novo governo, houve mudanças no seguro desemprego.
Educação
Na posse, a presidente lançou o novo lema de seu governo: Brasil, Pátria Educadora.
No novo governo, foram cortados R$ 7 bilhões do Ministério da Educação.
Ajuste fiscal
Na campanha, Dilma acusou rivais de defenderem medidas que afetariam o emprego.
Reeleita, Dilma promove um ajuste nas contas do governo que desestimula a economia.
Impostos
A então candidata negava represamento de preços para segurar a inflação e descartou tarifaço.
Depois de eleita, Dilma Rousseff anunciou a volta da Cide e o aumento do PIS/Cofins.
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