Setenta e dois por cento dos brasileiros são contra a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para o financiamento da Saúde no País, de acordo com a pesquisa "Retratos da Sociedade Brasileira: Qualidade dos serviços públicos e tributação", divulgada nesta quarta-feira (16) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o levantamento realizado em parceria com o Ibope, 20% das pessoas entrevistadas são a favor do retorno do tributo. O restante não soube ou não respondeu.
Apesar da grande maioria ser contrária à medida, apenas 37% dos entrevistados souberam responder o que é a CPMF. Segundo a CNI, o conhecimento é menor entre os mais jovens, os com menor escolaridade, os com menor nível de renda e os residentes na região Nordeste.
O levantamento também mostra que a maior parte da população brasileira não somente é contra a recriação da CPMF como também não gostaria do aumento de qualquer outro imposto para melhoria da saúde. Segundo a pesquisa, dois terços dos entrevistados discordam em parte ou totalmente com esta alternativa.
Da mesma forma, o brasileiro associa a má qualidade dos serviços públicos de saúde à má gestão dos recursos por parte dos governantes. Sessenta e três por cento dos entrevistados concordam totalmente com essa premissa e 18% concordam em parte. Além disso, a CPMF é vista como um imposto injusto por 75% dos entrevistados pela pesquisa.
Do total, 63% acreditam que a recriação do tributo aumentará os preços das mercadorias. Segundo a pesquisa, 45% das pessoas ouvidas veem a CPMF como um imposto que afeta somente as pessoas que têm conta bancária, enquanto 38% acreditam que afetam também a outras pessoas.
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