| Foto: Rodolfo Stuckert/ Agência Camara

Em viagem ao exterior, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), voltou a usar o Twitter ontem para tratar da insatisfação do partido com o PT e o Palácio do Planalto. Cunha afirmou que tem atuado como "bombeiro" e que "o número de insatisfeitos na bancada do PMDB aumenta a cada dia".

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Ele voltou a afirmar que o "PMDB terá, em algum momento, que se definir se quer ou não ficar nessa aliança" com o PT. Para conter as críticas do PMDB e a pressão por um eventual racha, o Planalto tem trabalhado para isolar Cunha e quer fortalecer outros líderes, como o vice-presidente, Michel Temer.

"Parece até que de repente eu tive um surto e resolvi pregar rompimento do nada, com ultimatos e pressões. Eles [petistas] estão é se fazendo de vítimas", afirmou o líder no microblog. "Além disso, é bom que saibam que dentro da bancada da Câmara, tenho sido bombeiro, porque a vontade de muito tempo já era de sair fora. O número de insatisfeitos na bancada do PMDB aumenta a cada dia e parece que vai aumentar mais com essas agressões descabidas".

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Em reposta ao presidente do PT, Rui Falcão, que desafiou o PMDB a dizer se é governo ou oposição, Cunha afirmou que essa posição será da bancada. "E finalmente seu Rui, não sou quem tem de decidir se sou governo ou oposição e sim a bancada quem vai decidir se quer ser governo ou oposição. Eu, como já falei, não coloco a minha posição acima da bancada nunca, e jamais refletiria posição que não fosse da maioria".

O deputado negou ainda que seja líder do "blocão" formado por oito partidos da Câmara que prometem dificultar a vida do governo em votações. "Não lidero e nem quero liderar quem quer que seja. Apenas, eventualmente, teremos posições comuns em pautas."