Com 62.398 votos para deputado estadual, o cantor Leandro Finato Scornavacca (DEM), mais conhecido como Leandro do KLB, não conseguiu a vaga de titular na Assembleia Legislativa de São Paulo e ficou fora da cerimônia de posse realizada na terça-feira (15). Agora, com o diploma de primeiro suplente da coligação PSDB-DEM na mão, ele aguarda ser chamado para assumir uma vaga ainda nesta semana, uma vez que pelo menos dois parlamentares tucanos devem deixar os mandatos para manter cargos no governo estadual. Leandro se refere ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), como padrinho político e amigo, mas afirma que não deve acompanhá-lo caso deixe o DEM para fundar novo partido.
Na manhã desta quarta-feira (16), Kassab disse que aguarda uma reunião com lideranças do DEM para definir seu futuro político. O encontro deve acontecer na capital paulista, entre esta quarta e quinta-feira (17).
O integrante do KLB mostrou-se resignado com o amontoado de detalhes que o separam da cadeira de deputado estadual. "A gente tem de aguardar, (a posse) provavelmente pode ser nesta semana. É essa bola de neve. Uma hora é (por causa da Lei) Ficha Limpa (que produz decisões judiciais capazes de alterar a lista de deputados), outra hora é a questão da soma de votos do partido ou coligação. Mas estamos esperando", afirmou. "O que os advogados falam e que a gente ouve por aí é que deve ser nesta primeira semana a distribuição das cadeiras proporcionais e a definição das lideranças."
Leandro afirma que mesmo que Kassab deixe o DEM para fundar um novo partido, ele deve permanecer na sigla. "A gente não conversou em nenhum momento sobre isso. Tenho Kassab como padrinho político, mas como amigo também. Eu sou Democratas agora e acredito que devo continuar no partido. Não sei daqui para frente. Por agora, não tenho nada a falar, vou cumprir meu mandato pelo Democratas", afirmou.
Leandro, no entanto, não descarta conversações futuras. "A princípio vou continuar no Democratas. A gente deve fazer o que é certo na vida. Independente de sigla, a gente deve fazer o que é correto. A gente não tem noção de quando vai se efetivar um partido novo que o Kassab está montando. Prefiro falar que eu vou continuar no DEM mesmo. Não que lá na frente não possa mudar, conversar", afirmou.
Caso Leandro assuma a cadeira na Assembleia, o democrata pode sentar-se ao lado da sambista Leci Brandão, que milita no PCdoB, avesso do DEM no campo ideológico. Mas Leandro não vê problemas. "A Leci é fantástica. É muito amiga da minha família. Ele é uma pessoa extremamente do bem. A gente com certeza vai fazer uma história muito bonita na política também. Espero abraçar muito ela lá como amiga. A gente é amigo há muito tempo e não vai ser diferente lá dentro", afirmou.
Leandro afirma que embora não tenha conseguido emplacar a vaga de titular em sua primeira candidatura, não deve se afastar da política. "A gente fica frustrado em um primeiro momento, porque dispõe de um trabalho muito desgastante durante a campanha eleitoral, de até abrir mão de muitas coisas que a gente faz na vida, para se dedicar à campanha e conseguir um bom resultado. Mas acho que a gente conseguiu. Fiquei muito contente. Espero continuar nessa vida, fazendo música, naturalmente. Acho que (por ser) de primeira, foi muito bom", afirmou
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