Curitiba – O Deputado federal Abelardo Lupion, representante da Frente pelo Direito da Legítima Defesa, defende que o Brasil deu o seu recado. Não aceita que resvalem nos direitos do cidadão e que o país precisa urgentemente criar uma política séria de segurança. "A população deu o recado e está insatisfeita com o cenário. Cabe a nós políticos dar o rumo a isso."

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Gazeta do Povo – Como o senhor avalia a vitória expressiva do não?Abelardo Lupion – Isso nada mais é que a insatisfação da população com o status quo. Ela não aceita mais que tirem um direito seu. Está dado o recado.

O sul teve uma expressiva vitória do não. Por quê?Somos mais politizados, temos mais cultura e tradição. A arma faz parte da cultura do cidadão. Isso faz tempo, desde a época em que precisava-se andar mais de 100 quilômetros para achar um policial. Hoje eles vêm e querem tirar esse direito do cidadão sem dar nenhum respaldo.

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Com a vitória do não, nada muda em relação ao comércio de armas. Como fica a questão da segurança?O bandido quem tem que combater é o governo e não o cidadão de bem. Ele não pode ser responsabilizado pela criminalidade do país. O cidadão de bem cumpre leis, paga impostos. A falta de argumentos foi o que acabou com o sim. Foi isso que os desacreditou. Essa postura populista ninguém aceita mais.

Qual será o próximo passo para a política da segurança?Precisamos ter grandeza para aceitar e sentar juntos para resolver o problema. Eu nesta semana vou sentar com o senador Renan Calheiros para conversarmos sobre a questão. O trabalho agora é de todos nós. A população deu o recado e está insatisfeita com o cenário. Cabe a nós políticos dar o rumo a isso. Precisamos de recursos provenientes da arrecadação de impostos para a segurança, como acontece com a educação e a saúde.