A gestão de Gilmar Mendes à frente do Supremo

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Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça foi marcada por polêmicas e medidas que resultaram em mudanças no Judiciário.

As polêmicas

Críticas à PF

Menos de três meses após tomar posse como presidente do Supremo, Mendes causa mal-estar com a Polícia Federal ao chamar de "terrorismo lamentável" e "coisa de gângster" o vazamento de informações de operações policiais.

Satiagraha

Em julho de 2008, o presidete do STF entra em conflito com o juiz Fausto Martin De Sanctis, da Justiça Federal de São Paulo, após mandar soltar o banqueiro Daniel Dantas, preso pela PF por supostos crimes financeiros. Menos de 24 horas depois, De Sanctis decreta nova prisão contra Dantas, o que foi considerado uma afronta a Mendes.

Bate-boca

Em abril de 2009, Mendes protagoniza um bate-boca com o ministro Joaquim Barbosa sem precedentes na história recente do tribunal. Barbosa afirmou que o presidente estava "destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro" e, ao pedir respeito, disse que Mendes não estava falando com seus "capangas de Mato Grosso" .

Os avanços

Metas

Criação de 10 metas para o Judiciário, como a Meta 2, que previa que todos os processos ajuizados até 2005 fossem julgados até o fim de 2009. Para este ano, a meta é julgar os processos distribuídos até o fim de 2006.

Proximidade

No ano passado, o CNJ iniciou uma série de campanhas para aproximar a Justiça da população. Entres as iniciativas, está o Mutirão Carcerário, que ontem completou dois meses de atuação no Paraná e já conseguiu libertar 1.120 pessoas no estado.

Transparência

A Resolução 102 do CNJ, aprovada em dezembro do ano passado, obrigou os tribunais a publicarem na internet dados relativos à gestão orçamentária e financeira. A determinação, que teria o intuito de criar um sistema de controle semelhante ao que o Executivo Federal possui, deu mais transparência ao Judiciário.