Depois de ser o símbolo da manifestação em frente à sede da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (2) contra o corrupção, o bonecão inflável do ex-presidente Lula vestido de presidiário, conhecido como “Lula inflado” ou “Pixuleco” já está de partida de Curitiba. O passeio pela cidade foi cancelado pelo Movimento Acorda Brasil, a pedido dada Polícia Federal. “A PF pediu para recolher o boneco, que já está indo embora para outra cidade”, relata a empresária Rafaela Pilagallo, uma das organizadoras do protesto em Curitiba.
“Lulão” puxa protesto contra a corrupção em Curitiba
Leia a matéria completaInflado na manhã desta quarta-feira diante da sede da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida, o boneco seria levado à porta da Procuradoria-Geral da República, no Centro, e à Boca Maldita, onde seria a estrela de um protesto contra o governo federal e o PT. A manifestação na Boca foi cancelada.
“Consideramos nossa missão cumprida e demos nosso recado de apoio à Polícia Federal e à Lava Jato”, afirma Rafaela. Segundo ela,a o protesto na Boca Maldita foi cancelado “por causa dos petistas”. “Recebemos a informação de que havia muita gente da CUT lá. Então cancelamos”, disse.
O protesto foi organizado pelo Movimento Acorda Brasil, que recolheu assinaturas em apoio à proposta do Ministério Público Federal com dez medidas contra a corrupção. São necessárias pelo menos 1,5 milhão de assinaturas em cinco estados brasileiros. “Entregamos 9.229 assinaturas na Procuradoria-Geral da República, em apoio à proposta dos premotores”, afirma Rafaela.
Saiba quais são as dez propostas anticorrupção do Ministério Público Federal:
1.Tornar crime o enriquecimento ilícito de agentes públicos
2. Tornar crime o caixa 2 eleitoral e responsabilizar os partidos cujos candidatos cometerem essa prática
3. Reformar a legislação sobre prescrição de penas, para evitar a impunidade
4. Mudar as leis para evitar que os recursos judiciais sejam utilizados para atrasar o cumprimento das penas
5. Criar a possibilidade de decretar prisão preventiva daquela pessoa suspeita de enriquecer ilicitamente que possa estar gastando o dinheiro público
6. Criar regras de eficiência para o Ministério Público e para a Justiça, estabelecendo que um processo possa tramitar no máximo dois anos na primeira instância e um ano nas demais instâncias judiciais
7. Aumentar as penas e tornar crime hediondo a prática de corrupção que envolve altas quantias de dinheiro
8. Criar regras para dar mais rapidez aos processos de improbidade administrativa
9. Restringir as possibilidades de a defesa pedir a nulidade de processos
10. Ampliar as possibilidades de confisco de bens de pessoas que praticaram a corrupção
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