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Curitiba – O Brasil, na opinião do deputado estadual Ratinho Jr. (PPS), presidente da frente do Sim no Paraná, perdeu a chance de mostrar para o mundo o avanço da sua civilidade. "Já temos a aftosa, a desmoralização política do governo federal com todo esse lamaçal e agora vamos aparecer também como o povo que aprova a continuidade da venda de armas." Confira trechos da entrevista.

Gazeta do Povo – Qual a sua avaliação sobre o resultado do referendo?Ratinho Jr. – Já tínhamos consciência do resultado, faltava conhecer os números. Sabíamos também que no Paraná, assim como no Rio Grande do Sul, a diferença entre o "não" e o "sim" seria maior, pois são dois dos estados que mais têm armas. Como o comércio é maior, é natural que a rejeição também seja.

O que fez o "não" prevalecer?Ganhou o marketing, eles foram melhores que nós e conseguiram construir uma imagem de que o referendo era do governo federal. A população votou em protesto ao governo federal. Mas o Estatuto do Desarmamento foi aprovado por deputados de todos os partidos, inclusive de oposição como o PPS.

O que muda com esse resultado?Com o "não", nada muda. Vão continuar morrendo 40 mil pessoas por arma de fogo todos os anos no Brasil, duas crianças continuarão sendo feridas diariamente por armas de fogo. O "sim" era uma tentativa de dar o primeiro passo. Da população dar o aval para a mudança e cobrar uma política nacional de segurança.

Na sua opinião, quanto o Brasil perdeu com a vitória do "não"?Tivemos a oportunidade de mostrar para o mundo o avanço da nossa civilidade. Já temos a aftosa, a desmoralização política do governo federal com todo esse lamaçal e agora vamos aparecer também como o povo que aprova a continuidade da venda de armas. Mas se a população não entende desse jeito, vamos procurar novas soluções para a segurança.

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