Curitiba Desde que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) falou pela primeira vez sobre o esquema de pagamento mensal de deputados em troca do apoio ao governo, financiado por operadores à serviço do PT, a cúpula do partido seguiu uma trajetória rápida e descendente.
O tesoureiro Delúbio Soares e o secretário-geral, Sílvio Pereira, passaram de estrelas do partido a indesejáveis reclusos.
As contas em restaurantes caros, os charutos importados, a relação próxima de grandes fornecedores do governo com direito a carros de presente deram lugar a uma rotina de depoimentos, investigações e execração no próprio partido.
De Delúbio, até onde se sabe, teria partido o comando para o pagamento regular a políticos e aliados do governo. Sílvio, especula-se, seria figura fundamental na ocupação do aparelho estatal e nas indicações de altos cargos no governo e estatais.
De Genoíno, até agora, nada se diz. O ex-presidente petista não foi citado pelo publicitário Marcos Valério, tampouco pelo algoz do PT, Roberto Jefferson.
Ainda assim, seguiu o mesmo caminho de Delúbio e de Pereira. Saiu da presidência do PT há dois meses e refugiou-se em casa. Afastou-se das principais figuras do partido entre elas o deputado José Dirceu (PT- SP) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pediu aposentadoria da Câmara dos Deputados por uma "questão de sobrevivência", disse, em recentes entrevistas.
Seu site pessoal (www.genoino.org) têm sido atualizado com certa regularidade e traz algumas reportagens sobre sua rotina pós-presidência do PT. Em uma e em outra matéria, aparece a teoria de que Genoíno estaria no lugar errado na hora errada. Amigos falam que ele aceitou a presidência do partido porque ninguém mais queria, que encontrou um esquema montado e que não teve forças para desmontá-lo. Pode até ser. O fato é que, enquanto lê, prepara sua autobiografia e arruma sua biblioteca na companhia da família, o ex-guerrilheiro quer manter distância das decisões no PT. Seu sustento está garantido pela aposentadoria mensal de R$ 8 mil. O primeiro pagamento saiu no fim do mês passado, mas o benefício pode ser interrompido caso ele volte a ocupar um cargo público. O retorno pode acontecer já no ano que vem. Genoíno não confirma, mas analisa a possibilidade de uma nova candidatura a deputado federal. Com ou sem campo majoritário.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Deixe sua opinião