Em entrevista à revista Time desta semana, a presidente afastada Dilma Rousseff disse que está sendo julgada por um “não crime” e que tem a convicção de que conseguirá voltar ao cargo, conquistando os votos necessários no Senado. A petista disse ainda que o que está ocorrendo no país é um golpe parlamentar.
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Leia a matéria completa“Estou sendo julgada por um não crime. O que está acontecendo (no Brasil) não é um golpe militar, mas é um golpe parlamentar. É um golpe de um processo que está afetando as instituições, corroendo-as por dentro, contaminando-as. Então, eu acredito que essa luta requer uma arma. Nós vivemos em uma democracia e respeitamos a democracia. A arma nesta luta é o debate, explicação e diálogo”, disse a presidente afastada.
Questionada se o impeachment foi um processo sexista, Dilma responde que ele foi, na verdade, misógino.
“O fato de que uma mulher ter se tornado a primeira presidente da República dá origem a uma avaliação de mulheres que é muito comum, muito estereotipada. Por um lado, as mulheres são histéricas e, quando elas não são histéricas, são insensíveis, frias e sem coração. Eu fui pintada como uma pessoa fria, dura e insensível em um lado. E, por outro lado, fui pintada como uma pessoa histérica”, afirmou ela ao periódico americano.
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