O deputado federal pernambucano Severino Cavalcanti (PP), 74 anos, foi eleito presidente da Câmara Federal beneficiado por um racha interno do PT para a disputa pela mesa da Casa. Por não ser considerado um grande articulador político, passou a ser chamado de "rei do baixo clero", com referência aos deputados com menor expressão no Congresso.

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Logo que assumiu a presidência, em fevereiro, passou a causar polêmica com suas frases. Disse que no Congresso não haveria mais decisões vindas do Palácio do Planalto. "Acabou essa história do Zé Dirceu dizer o que vai ser votado", disse no final de fevereiro, quando Zé Dirceu ainda era homem forte do governo. Sobre fidelidade partidária, Severino disse: "Alguns que estão contra não têm sensibilidade e querem enganar a população". Também defendeu o nepotismo e, em Curitiba, pressionou Lula a escolher o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), para ministro das Comunicações. Acabou causando o adiamento da reforma em março.

Agora, com a possibilidade de impeachment de Lula, mais uma vez o presidente da Câmara Federal disparou: "Estou preparado para tudo. Quando assumi a presidência da Câmara, a imprensa não acreditava em mim e mostrei que estou desempenhando bem a minha função", afirmou.

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