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Gleisi estava junto com Paulo Bernardo quando ele foi preso. | Edilson Rodrigues/Agência Senado
Gleisi estava junto com Paulo Bernardo quando ele foi preso.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Um dia após a prisão de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) não comparecerá à comissão especial do impeachment no Senado nesta sexta-feira (24). Uma das principais defensoras da presidente afastada Dilma Rousseff no colegiado, a petista também não esteve presente na reunião de quinta (23). De acordo com pessoas próximas à senadora, ela ainda está abalada com a ação da Polícia Federal que, além de prender Paulo Bernardo, também cumpriu ordem de busca e apreensão no apartamento funcional da senadora, onde ela estava com a família no momento da operação.

Gleisi optou por ficar em casa com seus filhos adolescentes e para receber o advogado da família. Ainda segundo aliados da petista, ela deverá retomar os trabalhos normalmente na próxima semana. Com isso, a petista acabou não participando de nenhuma reunião da comissão nesta semana – entre segunda e quarta, ela compareceu à 39.ª Reunião do Parlamento do Mercosul, em Montevidéu, no Uruguai.

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Em nota divulgada ontem, Gleisi disse que a Operação Custo Brasil, que levou à prisão de seu marido, foi realizada pela Polícia Federal para o “desvio de foco da opinião pública deste governo claramente envolvido em desvios”, em alusão ao presidente interino Michel Temer. A senadora disse também que “garantir o impeachment” é tudo o que “mais interessa neste momento” ao atual governo.

A prisão

Paulo Bernardo foi preso pela Polícia Federal na manhã da quinta-feira (23), em Brasília, pela Operação Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato que investiga um esquema de corrupção supostamente usado para abastecer o caixa do PT. Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, ele foi preso preventivamente, suspeito de ter se beneficiado de R$ 7 milhões em propina. O valor teria sido recebido por escritório de advocacia ligado ao petista.

Bernardo foi levado de Brasília para a sede da PF em São Paulo, que centraliza a investigação, um desdobramento da Lava Jato. Essa é a primeira vez que um ex-ministro de Dilma é preso no âmbito da operação.

Sessão esvaziada

Em uma sessão esvaziada, a comissão especial do impeachment ouve nesta sexta mais duas testemunhas de defesa de Dilma. O primeiro a falar é o ex-secretário executivo do Ministério do Trabalho, Francisco José Pontes Ibiapina. Para ele, os decretos de crédito suplementares editados pela presidente no ano passado não ultrapassaram o limite da meta fiscal e, por isso, não podem ser considerados como irregulares. Em seguida, a comissão ouvirá o diretor de programas especiais da Secretaria de Orçamento Federal, Marcos de Oliveira Ferreira.

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