| Foto: Válter Campanato/ABr
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Agripino Maia
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No primeiro encontro com a CNBB após a polêmica em relação ao aborto durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff foi poupada de cobranças em relação ao tema. Segundo o presidente da entidade, dom Geraldo Lyrio Rocha (foto), o assunto não foi tratado no encontro realizado ontem no Palácio do Planalto. Durante a campanha, um braço da CNBB, a Regional Sul 1, chegou a distribuir panfletos pregando voto contrário a quem defende a descriminalização do aborto e fazendo críticas ao PT. A polêmica, que passou a nortear a disputa entre Dilma e José Serra (PSDB) no segundo turno, levou a então candidata petista a prometer que, se eleita, não proporia "alterações de pontos que tratem da legislação do aborto".

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"Decidir por decreto se uma obra tem ou não alto impacto [ambiental] não é o melhor caminho."

Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente.

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Fim das grades (foto 1)

Em parceria com a prefeitura de Curitiba, a Assembleia Legislativa vai retirar até o fim de março as grades que cercam a Praça Nossa Senhora da Salete, em frente ao prédio do Legislativo estadual. Segundo o presidente da Casa, Valdir Rossoni, o local deve voltar a ser um espaço para manifestação popular e "não pode mais parecer um presídio". A praça foi cercada por decisão do então governador Jaime Lerner em 2000, após a PM expulsar do local manifestantes do MST, que permaneceram acampados no Centro Cívico por vários meses. Eles protestavam contra a política agrária do governo estadual à época.

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Mensalão

Pedidos de novas investigações no processo do mensalão podem comprometer a expectativa de que o caso seja julgado ainda neste ano. Na semana passada, o relator Joaquim Barbosa determinou diligências solicitadas por 12 dos 38 réus e pelo Ministério Público Federal. Depois dessa fase, ainda será aberto prazo para as alegações finais dos acusados. Em uma perspectiva otimista, o relator começa a elaborar seu voto em maio. Barbosa costuma dizer que precisará de um ano de isolamento para elaborar o voto – que, depois, será levado ao julgamento do plenário do STF.

Peregrinação

A peregrinação do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), por gabinetes de ministros e parlamentares em Brasília nos dois últimos dias incluiu uma conversa com o principal aliado dentro do PSDB de Gustavo Fruet, possível adversário na campanha para a prefeitura de Curitiba no ano que vem. Ducci conversou ontem com o senador Alvaro Dias (PSDB) no Senado. Oficialmente, a visita foi para pedir apoio para que os senadores aprovem com rapidez um financiamento de 75 milhões de euros para obras na cidade.

Trégua (foto 2)

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O acordo de pacificação fechado quarta-feira pelos líderes do DEM foi avaliado por partidários que ameaçam deixar o partido como uma trégua que não encerrará os conflitos internos. Aliados do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que já mandou apressar a documentação jurídica para a criação de um novo partido, avisam que o apoio ao senador a José Agripino Maia (RN, foto) para presidência da legenda e a integração do ex-senador Marco Maciel no Conselho Político devem ser traduzidos como "voto de confiança" e não como garantia de permanência dos filiados insatisfeitos.

"Vamos apelar fortemente para derrubar todas as emendas de senadores da base. As que forem apresentadas nós vamos procurar rejeitar. Vou fazer de tudo para que o projeto não precise voltar para a Câmara."

Humberto Costa, líder do PT no Senado, sobre a votação do salário mínimo no Senado.