Brasília - O presidente Lula chamou ontem de "vandalismo a ação de integrantes do MST na fazenda da Cutrale, no interior de São Paulo, que resultou na destruição de parte do laranjal e de equipamentos e produtos da propriedade. O presidente afirmou que é a favor da manifestação dos movimentos sociais, mas disse que "obviamente" não pode concordar com a destruição de fazendas produtivas.
"Todo mundo sabe que eu sou defensor das lutas sociais e de que o povo se manifeste. Agora, entre uma manifestação para reivindicar alguma coisa e aquela cena de vandalismo feita na televisão... Obviamente que não posso concordar com aquilo porque não tem explicação para a sociedade você derrubar tantos pés de laranja apenas para mostrar que você está reivindicando. Você poderia demonstrar sem precisar fazer essa destruição em massa de pés de laranja, disse Lula.
O presidente afirmou ainda que a lei existe para punir este tipo de ação. "De qualquer forma, todo mundo já aprendeu no Brasil que esse país tem lei, que tem Constituição. Quem estiver dentro da lei pode fazer qualquer coisa. Agora, quem não tiver pagará o preço por fazer, afirmou.
Feijão sim, laranja não
Os integrantes do MST invadiram a fazenda no dia 28 de setembro. A propriedade só foi desocupada na última quarta-feira, quando a Justiça garantiu à Cutrale a reintegração de posse.
Segundo o movimento, cerca de 450 famílias ocupavam o local em protesto pela reforma agrária na região. Os sem-terra informaram que foram derrubados cinco hectares de plantação de pés de laranja, ou seja, 50 mil metros quadrados. A justificativa deles para a ação é de que, em vez dos laranjais, naquele lugar seriam plantados pés de feijão.
Acordos com governo e oposição dão favoritismo a Alcolumbre e Motta nas eleições no Congresso
Rússia burla sanções ao petróleo com venda de diesel e Brasil se torna 2º maior cliente
As prioridades para os novos presidentes da Câmara e do Senado
A classe média que Marilena Chauí não odeia: visitamos a Casa Marx, em São Paulo
Deixe sua opinião