A ação proposta pelo Ministério Público do Paraná (MP) pedindo o afastamento do presidente da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), pode tornar mais ágeis as investigações do caso que estão sendo feitas pela Casa. Vereadores da oposição e da situação concordam que, caso o pedido de afastamento seja acatado pela Justiça, a pressão por agilidade nas investigações da Câmara será maior.

CARREGANDO :)

Para o líder da oposição, Algaci Túlio (PMDB), a população e a oposição "comemoram" o pedido de afastamento proposto pelo MP. "A oposição sempre pleiteou que houvesse esse afastamento, já que diversas interferências da presidência ocorreram no processo [de investigação feito pelos vereadores]. Esperamos que a Justiça acate o pedido", disse o vereador. Para Algaci, a saída de Derosso permitirá que o presidente se defenda de maneira adequada.

O vereador Pastor Valdemir Soares (PRB), aliado de Derosso no Conselho de Ética, reconhece que a ação pode influenciar as próximas decisões da Casa.

Publicidade

"Se o juiz determina o afastamento, os vereadores podem entender que uma punição maior é necessária. Mas, caso a Justiça, não acate o pedido, pode mudar o entendimento de que ele deva ser punido", disse o vereador. Soares participa de uma subcomissão do conselho que deve propor a duração do pedido de afastamento de Derosso que será votado no plenário. O conselho decidiu recomendar ao plenário uma punição ao presidente da Casa.

Apesar de a decisão final sobre a duração do afastamento caber a três vereadores do Conselho de Ética, Soares explicou que a definição passa por um acordo entre os líderes dos partidos da base governista. Por isso, o entendimento do resto da bancada que apoia Derosso influencia nessa definição do tempo de afastamento.

Já o presidente da CPI que investiga os contratos de publicidade da Câmara, Emerson Prado (PSDB), disse que a ação do MP não deve interferir nos trabalhos da comissão. Para Pedro Paulo (PT), entretanto, o processo deve "agilizar os trabalhos". O vereador acredita que essa medida joga mais responsabilidade para os vereadores. "Ao mesmo tempo em que essa ação demonstra que as investigações do MP estão adiantadas, ela mostra que a Câmara precisa fazer sua parte", comenta.