| Foto: Valter Campanato/ABr

Acuado diante de uma série de denúncias e se dizendo "firme’’ no DEM, o governador José Roberto Arruda (DF) leu ontem um comunicado no qual nega as acusações feitas pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa. Segundo ele, seu governo está sendo vítima por ter contrariado interesses de Barbosa e de empresários. Arruda chamou o ex-secretário de "herança maldita’’ deixada pelo governo Joaquim Roriz (PMDB). No comunicado, ele não voltou a falar que o dinheiro que recebeu serviria para comprar "panetones’’, trocando o uso da verba para "ações sociais’’.

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Aliás...

Um vídeo que circula na internet mostra o presidente da Câmara Legislativa, deputado Leonardo Prudente (DEM), e o corregedor da Casa, deputado Júnior Brunelli (PSC), agradecendo a Deus "a bênção" que representava para eles Durval Barbosa, responsável pela distribuição de propinas e agora exonerado do cargo de Secretário de Relações Institucionais do governador José Roberto Arruda (DEM), acusado de chefiar o esquema de corrupção.

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Sete minutos

Fernando Henrique Cardoso esteve ontem na capital do Paraná para participar de um encontro sobre marketing. Apesar de ser um ex-presidente e ter uma opinião importante no jogo político nacional, a assessoria do tucano não quis permitir perguntas de natureza política. FHC fez questão de dizer que só veio a Curitiba para dar uma palestra em uma universidade, não para falar de política. A cada questionamento (político, obviamente) feito pelos jornalistas, assessores do ex-presidente pressionavam para que a entrevista fosse encerrada. Em sete minutos, a coletiva terminou.

Reaproximação

O PDT de Osmar Dias e o PSDB de Beto Richa ainda não descartaram as chances de repetir a aliança em 2010. O presidente do PSDB, Valdir Rossoni, e do PDT, Augustinho Zucchi, se reuniram ontem pela manhã com o presidente do PPS, Rubens Bueno, para avaliar a possibilidade do grupo continuar unido. Todos garantem que não foi discutida a desistência de ninguém, ou seja, não falaram sobre o principal entrave para a aliança: Osmar ou Beto abrir mão da disputa para o governo. "Não se fala em desistir, vamos ter de compor a chapa, tem espaço para 2 candidatos a senador, governador e vice", disse Rossoni. "Não vamos construir um prédio começando pelo teto", declarou Zucchi.

Cartórios

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Em sessão extraordinária, a Câmara dos Deputados pode votar hoje a PEC dos Cartórios (471/05), que efetiva os substitutos nos cargos das serventias extrajudiciais. A votação depende de um acordo entre os líderes partidários. Em outubro, o presidente da Casa, Michel Temer, retirou o assunto da pauta, temendo a repercussão negativa que poderia recair sobre os deputados. A PEC é considerada um "trem da alegria", que poderia efetivar quase 5 mil pessoas em todo o país. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, a proposta é inconstitucional. Para tentar minimizar as críticas, o relator da PEC, João Matos (PMDB-SC), e o autor, João Campos (PSDB-GO), devem propor algumas modificações em forma de substitutivos.

Coração de mãe

Na entrevista coletiva de sete minutos que deu em Curitiba, o ex-presidente FHC foi questionado sobre qual seria seu candidato ao governo do Paraná. "O senhor apoia o prefeito Beto Richa (PSDB), o senador Alvaro Dias (PSDB), ou o senador Osmar Dias (PDT)?", perguntou um jornalista. FHC não titubeou: "Entre os três o meu coração balança".

Pinga-fogo

"Tem duas unanimidades no país. Não tem um brasileiro que não torça pela seleção brasileira e também não tem um que não fale mal dos políticos."

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Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), líder do governo, filosofando após a divulgação do escândalo no Distrito Federal.