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 | Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
| Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta sexta-feira (28) que, na sua opinião, a proposta da nova CPMF defendida pelo governo Dilma pode promover a união da cúpula do PMDB. “Acho que o governo pode unir o PMDB novamente com a nova CPMF. Todos contra: eu, Michel Temer e Renan Calheiros”, ironizou o parlamentar.

Além do deputado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já se manifestou contra a aprovação do novo imposto. Alguns peemedebistas, no entanto, tentam ajudar o governo a obter apoio para aprovar a medida. É o caso do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. Segundo a reportagem apurou, Pezão procurou Cunha pedindo ajuda, mas o deputado disse achar quase impossível a aprovação. Para ele, a proposta não passa “nem na CCJ” (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.

Empresários e líderes políticos atacaram nesta quinta (27) a proposta de recriar a CPMF, imposto sobre transações financeiras que foi extinto em 2007 e que agora é visto pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff como essencial para equilibrar o orçamento de 2016.

Renan disse que a recriação é inoportuna em meio à recessão que o país enfrenta. “Com a economia em retração, é um tiro no pé”, afirmou.

A ideia pegou de surpresa até o vice-presidente Michel Temer. Nesta quinta, pela manhã, ele disse que havia só um “burburinho” sobre a recriação do imposto. “A primeira ideia é sempre essa: não se deve aumentar tributo, mas, por outro lado, há muitas vezes a necessidade, não estou dizendo que nós vamos fazer isso.”

À tarde, Dilma mandou avisá-lo que o governo decidira propor a medida, mas ainda estava avaliando a sua viabilidade no Legislativo.

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