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Além da perda de vidas e grandes traumas, os acidentes no trânsito causam prejuízo para os cofres públicos. O Brasil gasta, por ano, R$ 22 bilhões com esses acidentes. Os jovens são maioria entre as vítimas.

A dor maior é das famílias que perdem parentes ou que têm que conviver com vítimas que ficam com seqüelas graves. Mas os danos financeiros também são grandes: cada acidente com morte custa R$ 500 mil.

"Esse gasto, com certeza, é um dinheiro que é jogado fora, que poderia estar sendo empregado. Não é um investimento, não é uma capacitação. É um dinheiro desperdiçado, literalmente", diz o superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Marcos Bicalho.

O levantamento da ANTP leva em conta o gasto com médicos e hospitais, perda de produção com o afastamento do trabalho, prejuízo com os veículos, seguro, patrimônio público (como postes e placas danificados) e a mobilização de policiais e equipes de resgate. Estatísticas

A BR-381 liga São Paulo a Vitória (ES) e leva o nome de Fernão Dias no trecho até Belo Horizonte (MG). As estatísticas mostram que é essa a rodovia mais perigosa do país. Em apenas um ano, a cada quilômetro houve oito acidentes. A cada dois quilômetros, uma pessoa morreu. "Estou acostumado a ver acidentes, atropelamento, então, nem se fala", diz um motorista.

No Brasil, a cada 100 atropelamentos, 29 pessoas morrem. As colisões frontais têm índices piores: 33 mortes a cada 100 batidas. Imprudência e falta de atenção

Segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o custo anual dos acidentes é 35 vezes superior à quantia gasta pela União em sete anos em ações voltadas à prevenção de acidentes e segurança nas rodovias.

Uma outra pesquisa mostra que a maioria dos acidentes acontece contra obstáculos parados e em dias sem chuva. Ou seja, ainda é uma questão de falta atenção e imprudência para muitos motoristas.

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