O PFL e o PTB estão sondando o palanque do pré-candidato a governador, Rubens Bueno (PPS). Os deputados estaduais e federais dos dois partidos teriam maior facilidade de eleição por causa do coeficiente eleitoral. O problema é que a legenda fica interessante se apenas um se coligar com o PPS. Já há liderança do PFL fazendo as contas e concluindo que só cabe um partido na aliança.
Um ou outro Para o PFL, subir no palanque de Rubens Bueno é o plano B. O partido continua dando preferência para o senador Osmar Dias (PDT), mas não descuida das conversas com o PPS. Já o PTB acompanha atento o desfecho das composições. Se não vingar a aliança com o candidato do voto limpo, deve migrar para o grupo do PMDB e apoiar a reeleição do governador Roberto Requião, como fez na eleição passada. Mas o PTB, como sempre, vai deixar a decisão para a última hora.
Certeza Quem viu Osmar Dias (PDT) circulando pelo Mercado Municipal durante o feriado saiu de lá apostando que o senador será candidato a governador. Animado, conversou com muita gente, circulou pelos corredores e fez pausa para o almoço. Apesar da motivação dos tucanos e pefelistas que acreditam que Osmar irá representar a oposição, uma resposta oficial só deve ocorrer no início de junho. A direção nacional do PDT pediu paciência ao senador para definir primeiro a questão presidencial.
Na telinha Enquanto espera definições sobre o quadro nacional, Osmar Dias começa a gravar nesta semana o programa eleitoral de 20 minutos que vai ao ar na televisão no dia 8 de maio. O discurso será de campanha. "A estrela será o Osmar. A direção nacional e os deputados terão um pequeno espaço. Ele terá postura de candidato e fará propostas de governo, sem críticas", adiantou o vice-presidente estadual do PDT, Augustinho Zucchi.
Quem sabe Apesar da esperança do PSDB de fechar de vez a aliança com o PDT, o PMDB ainda não desistiu de atrair os tucanos para apoiar o governador Roberto Requião. " O PMDB ainda não descartou de vez a coligação com o PSDB, nem com o PT porque tudo está indefinido neste período", avalia o vice-líder do governo na Assembléia, Vanderlei Iensen (PMDB). Segundo ele, o PMDB nacional está totalmente dividido entre candidatura própria, aliança com o PT ou com o PSDB.
Equipe Começa na Assembléia uma disputa silenciosa por uma das cinco vagas da comissão especial que vai analisar a emenda antinepotismo do governo. O deputado Luiz Fernandes Litro (PSDB), que participou da comissão que analisou a emenda do Legislativo que foi derrrubada, defende que seja repetida a mesma composição. "A comissão fez um bom trabalho e já está afinada para analisar mais uma emenda", disse.
Troca Além de Litro, integraram a comissão especial o presidente Durval Amaral (PFL), o relator José Maria Ferreira (PMDB), Luiz Carlos Martins (PDT) e Tadeu Veneri (PT). Pelo menos uma mudança é certa: a substituição de José Maria Ferreira, que foi criticado pelo governo porque ajudou a redigir a emenda e votou favorável. No PMDB, a deputada Elza Correia que votou a favor da proposta antinepotismo na primeira discussão e contra na votação final disse que quer participar da comissão.
Ideologia O vereador Reinhold Stephanes Jr. (PMDB) anda preocupado com o reflexo que as recentes atitudes do governador Roberto Requião possa ter na sua imagem e na do partido. "Quero deixar claro que, ideologicamente, eu considero o Hugo Chávez um atraso de vida para o Brasil e para o mundo", disse ele, referindo-se à visita do presidente venezuelano ao Paraná.
Revolta Stephanes também fez questão de ressaltar que não gostou nem um pouco da atitude da bancada governista ao derrubar a emenda antinepotismo na Assembléia Legislativa. "A lei deveria ter sido aprovada", disse. Antes que alguém pense que suas declarações sejam um sinal de rompimento com o governador, Stephanes explica: "Sou aliado de Requião, mas não sou vassalo."
Pinga-fogo
* O deputado federal Cézar Silvestri disse que a bancada do PPS na Câmara vai votar favorável à proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto nas sessões plenárias dos Legislativos federal, estadual e municipal
* "A aprovação do voto aberto diminuirá e muito os acordões porque a população poderá acompanhar e cobrar do seu parlamentar uma posição", disse Silvestri
* "Agora vamos testar a boa vontade do governador". A frase é do líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), afirmando que o governador terá a chance de provar se realmente é contra o nepotismo liberando a bancada a aprovar o projeto que começa a ser discutido na Assembléia
* O líder da bancada do PDT, Luiz Carlos Martins, diz que os deputados que "tentam servir a dois senhores" já estão sentindo as cobranças duras da população por causa da postura de se ausentar do plenário na votação da emenda. "Tem parlamentar que está até evitando fazer discurso em eventos", disse.
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