O sub-relator da CPI dos Correios, Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), ameaçou nesta quinta-feira processar dirigentes da Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, por crime de calúnia e difamação. As declarações foram uma resposta a entrevista dada pelo presidente da entidade, Wagner Pinheiro de Oliveira, que rebateu os dados apresentados no relatório parcial da CPI sobre os fundos de pensão.
No entrevista, segundo assessores do PFL, o vereador Ricardo Maranhão, ex-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras e que integrou por seis anos o Conselho de Curadores da Petros, teria dito que a família Magalhães estaria a serviço do banqueiro Daniel Dantas, que teve uma disputa judicial com os fundos de pensão pelo controle da Brasil Telecom.
De acordo com o relatório da CPI, a Petros teria tido perdas de R$ 64,898 milhões no mercado de derivativos na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). ACM Neto disse que vai analisar as declarações dadas nesta quinta-feira:
- Examinarei cuidadosamente todas as declarações porque, se houver a constatação de injúria ou difamação, estarei pronto para recorrer às vias judiciais a fim de que o dirigente responda pelas injúrias e difamações - afirmou o deputado.
ACM Neto criticou ainda a direção do fundo:
- Não compreendo esse tipo de postura do presidente da Petros, claramente raivosa e descontrolada. Com tal nível de descontrole, só pode ser creditado ao receio do que a investigação possa produzir. O presidente deste fundo deveria respeitar o trabalho da CPI e do Parlamento. Quero reafirmar todos os dados e a minha confiança irrestrita no trabalho feito -afirmou Neto.
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