O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) respondeu nesta quarta-feira ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Félix, que disse terça-feira não ter como investigar a existência de grampos em telefones do parlamentar sem apresentação de indícios. ACM Neto contou que enviou uma carta ao GSI, à Presidência da Câmara e ao Ministério da Justiça, no dia 3 de novembro, apontando os indícios de grampo nos seus celulares e frisou que nunca levantou suspeita de grampos nos telefones de seu gabinete, apenas nos celulares. Segundo ele, há dados concretos de que a Agência Brasileira de Informações (Abin), subordinada ao GSI, fez os grampos e o general Félix tem conhecimento dos fatos ou não leu a carta. ACM Neto disse ter tudo documentado e contou ter sido avisado por um parlamentar e dois jornalistas de que tinham recebido informações de uma fonte na Abin sobre uma conversa extremamente sigilosa na qual ele e outro parlamentar falavam de investigações da CPI dos Correios. O deputado voltou a acusar a Abin de fazer os grampos e questionou a isenção da agência.

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- A Abin não tem isenção para investigar. Quem tem que dar respostas sobre as denúncias que fiz é a Polícia Federal, o Ministério da Justiça - afirmou.

ACM Neto disse ainda que em outra ocasião estava num aeroporto e depois um passageiro contou que ouviu toda sua conversa.

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- Ele estava em outro ponto do aeroporto. Isso é pouco para pedir o processo de investigação? - indagou