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O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) vai detalhar nesta terça-feira na CPI dos Correios todas as operações financeiras que deram prejuízo a 14 fundos de pensão de estatais. Embora tenha evitado adiantar o valor total do prejuízo, o nome das corretoras ou dos personagens políticos envolvidos nessas operações, o sub-relator de Fundos de Pensão admitiu ter encontrado indícios de lavagem de dinheiro, que atingiriam tanto as gestões do governo passado, como do atual.

- Pretendo detalhar as operações no mercado de derivativos (BMF) e de títulos públicos que fugiram do padrão, repetiram-se em vários fundos e deram prejuízo ou um lucro bem abaixo da expectativa. Posso afirmar que um montante expressivo de recursos foi alvo de má-gestão ou má-fé, já que temos indícios de que algumas operações possam ter sido usadas para lavagem de dinheiro - disse ACM Neto.

As investigações da CPI analisam operações realizadas entre 2000 e 2005, expondo possíveis irregularidades cometidas nos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva. ACM Neto garantiu, no entanto, que não pretende fazer qualquer ilação política durante sua apresentação, que poderá acontecer a portas fechadas, na medida em que fará menção a dados sigilosos.

- Diante dos números não há o que se discutir - observou.

De acordo com ACM Neto, a CPI já conseguiu identificar as corretoras que participaram dessas operações irregulares e até mesmo alguns beneficiários finais. Ele assegurou, porém, que esses prejuízos não deverão atingir os contribuintes desses fundos de pensão, mas apenas o Tesouro Nacional, que responde neste caso por eventuais perdas. Por enquanto, o deputado pefelista não pretende pedir o indiciamento de ninguém.

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