Ao chegar à Câmara para a sessão em que será julgado pelo plenário, o deputado José Dirceu (PT-SP) disse nesta quarta-feira que tem as mãos limpas e que está confiante de que pode ser absolvido. Dirceu voltou a dizer que é inocente, que não há provas conta ele e que não aceita cassação política. Ele pretende esperar a votação até o final e só amanhã dará coletiva para falar do resultado. Dirceu disse que os processos contra parlamentares são legítimos, mas afirmou que no caso dele não há prova de quebra de decoro.
- Sou inocente, não há provas contra mim, não aceito cassação política porque isso é arbítrio, é ditadura. Não aceito presunção de culpa ou inversão do ônus da prova. Isso é atingir a democracia e o Brasil. Não há prova de pagamento de deputado, não há prova de que o governo presidente Lula transferiu recursos de empresas públicas para campanhas eleitorais. Esse é mais um arguento a favor de minha absolivação - afirmou Dirceu, acrescentando que espera um julgamento justo:
- Como sempre disse ao Brasil, venho hoje à Câmara para ser julgado, não renunciei e me defendi abertamente. Minha vida foi devassada e agora espero um julgamento justo. Aldo me convocou, estou aqui, esperarei minha hora, vou me defender - disse o deputado, antes de se dirigir à liderança do PT.
Indagado se tinha recebido apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua luta contra a cassação, Dirceu disse que não cabe ao presidente defendê-lo e que se contentou quando Lula disse que não havia provas contra ele.
Sobre o apelo aos parlamentares contra sua casação, disse que não constrangeu ninguém e que sempre falou abertamente com os deputados, deixando-os à vontade para votar. Dirceu acredita que o debate no plenário ainda pode ajudá-lo a convencer alguns deputados e afirmou que os parlamentares têm muitos argumentos para votar contra a cassação.
- Acredito na minha própria história e na minha biografia. Nunca fui processado. Tenho as mãos limpas - afirmou.
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