As acusações do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, de que a Prefeitura de São Paulo teria sido a fonte do vazamento de informações fiscais da empresa de consultoria do ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci já foram superadas, avaliou nesta segunda-feira (20) o prefeito Gilberto Kassab.
Para o prefeito, o governo federal passou por um momento de crise e coube a ele ter frieza e serenidade para lidar com o "calor" dos acontecimentos. "Eu dei tempo ao tempo. Essas crises são passageiras e não alterou em nada minha relação com o governo federal", afirmou Kassab durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo.
Kassab contou que já se encontrou com o ministro após o episódio que culminou com a saída de Palocci do governo. O ex-ministro teve sua evolução patrimonial contestada e não conseguiu se sustentar no comando da Casa Civil. "Ele (Carvalho) sabe que não vazou pela Prefeitura", disse Kassab.
O prefeito limitou-se a dizer que as mudanças ministeriais no Palácio do Planalto "eram necessárias em função da crise" e que ainda é preciso observar a atuação de Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), já que ambas são novatas na política nacional. Para ele, ainda não é possível avaliar nem o governo Dilma Rousseff nem o governo de Geraldo Alckmin em São Paulo, por estarem em seus primeiros meses de gestão.
Quando deixar a Prefeitura, em 1º de janeiro de 2013, Kassab disse que pretende continuar na política. No entanto, ele não deixou claro se será candidato ao governo de São Paulo em 2014, como especula-se nos bastidores. "Espero continuar na vida pública, mas não tenho nenhuma obsessão (por candidatura)", afirmou.
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