A mulher acusada pela polícia de ter jogado a filha em um rio poluído em Contagem (MG) deve ser submetida a exame mental nesta quinta-feira (4). O objetivo, segundo o delegado Anderson Bahia, é detectar se a mãe sofre de depressão pós-parto. "[O exame vai detectar] se ela estava no uso das faculdades mentais quando praticou o ato", afirmou o delegado. Ela foi autuada por tentativa de homicídio.
O defensor público Flávio Rodrigues Lélles, que cuida da defesa da mãe, informou que também pediu à Justiça a realização do exame, que pode mostrar o estado psicológico dela após o parto. Estado grave
A criança permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Maternidade Municipal de Contagem em estado grave e respira com a ajuda de aparelhos. Na quarta-feira (3), o estado de saúde piorou e foi necessário aumentar a dose de medicamentos para manter a pressão arterial e batimentos cardíacos.
A medicação que mantinha o bebê sedado foi suspensa na quarta-feira, e a criança ainda não apresentou nenhuma resposta a estímulos. Investigação
Nesta manhã, a polícia ouviu o depoimento de Brenda Martins, de 9 anos, e da mãe dela, Vaneide. Foi a menina que viu o bebê no rio no domingo (30) e procurou ajuda para o resgate. A recém-nascida, que ainda estava com o cordão umbilical, foi tirada da água por dois rapazes e levada para o hospital.
A polícia já ouviu os dois rapazes que tiraram o bebê da água e o suposto pai da criança. Também já prestou depoimento a avó da recém-nascida, Maria Cordeiro dos Santos, que, segundo os policiais, disse que não sabia da gravidez da filha.
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