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O empresário M.S., de 34 anos, apresentou-se às 15h30 desta terça-feira (22) na Delegacia de Investigações Gerais de Jundiaí (a 60 km de São Paulo). Ele chegou ao local acompanhado de quatro advogados e prestou depoimento durante uma hora. M.S. é dono do carro que atropelou na última sexta-feira (18) sete mulheres de uma mesma família - cinco delas morreram. Apesar de ser o proprietário, o veículo não está no nome dele.

Durante o depoimento, o empresário disse que se assustou com um caminhão que vinha no sentido contrário ao do seu carro, perdeu controle da direção, saiu da pista e atropelou um grupo de pessoas.

Ele afirmou ainda que não escutou o pedido de socorro de uma das meninas e que fugiu por medo de ser linchado. M.S. contou que, após fugir, parou num posto de combustíveis e ligou para o resgate do Corpo de Bombeiros.

De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o empresário já tem várias passagens pela polícia por crimes de estelionato, receptação, formação de quadrilha e também por crimes de trânsito, como direção perigosa e lesão corporal culposa.

Atropelamento

O atropelamento ocorreu na sexta-feira (18) no km 74 da Rodovia Edgar Máximo Zambotto. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, por volta das 23h30 um carro invadiu o acostamento e atropelou Ana Lúcia Ferreira Souza Silva, de 40 anos, e suas seis filhas, que voltavam de um culto evangélico.

Ana Lúcia e as filhas Daniele Braz da Silva, de 20, Suélen Souza da Silva, Ester Souza da Silva e Carol Souza da Silva, que têm entre 6 e 13 anos, morreram no local. Ana Jessica Souza da Silva, de 16, e Andressa Souza da Silva, de 12, foram encaminhadas ao pronto-socorro de Jarinu, com fraturas.

O motorista fugiu após o acidente – sem prestar socorro - mas a polícia encontrou o veículo, um Mitsubishi Space Wagon, abandonado no km 63 da rodovia, a 11 km do local do acidente.

Pedido de ajuda

"Ele me viu segurando o braço e pulando numa perna só. Viu que eu estava chamando ele, mas fechou o vidro e foi embora", conta Ana Jéssica Souza da Silva, de 16 anos, uma das duas sobreviventes do atropelamento.

Andressa Souza da Silva, de 12 anos, a outra irmã que sobreviveu, relatou que elas viram quando o carro vinha para cima delas. "Minha mãe falou 'encosta pra trás senão vai bater em nós'. Pegou minha mãe e minhas irmãs." O delegado que cuida do caso diz que, se o motorista tivesse ajudado, outras das moças poderiam ter sobrevivido.

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