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A Polícia Federal de Alagoas deflagrou hoje pela manhã a "Operação Voto Nulo" e prendeu o prefeito Rogério Farias (PPS), do município de Porto de Pedras, a 100 quilômetros de Maceió. Ele foi reeleito nas eleições de 5 de outubro, mas é acusado de fraude eleitoral e deve ter o mandato cassado. A operação teve como alvo o reduto eleitoral de Rogério, irmão de PC Farias, ex-tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor (PTB).

A prisão do prefeito foi confirmada pela PF. Segundo o superintendente substituto da Polícia Federal em Alagoas, delegado Nilton Ribeiro, o prefeito deve ficar preso na carceragem da PF. Ribeiro informou que as ordens de prisão foram expedidas pela Justiça Eleitoral, depois de comprovado o alistamento fraudulento de eleitores em Porto de Pedras e Barra de Santo Antônio, onde a mulher de Rogério, Rume Farias (PPS), é prefeita e foi candidata à reeleição nas eleições de 5 de outubro.

A PF também está à procura do juiz estadual Rivoldo Sarmento, além de vereadores, cabos eleitorais e pessoas que trabalharam para Rogério Farias, transportando eleitores de Maceió para Porto de Pedras, no dia do pleito. "Na casa do juiz, nossos agentes estiveram acompanhados por outros dois magistrados", afirmou Ribeiro, no início da manhã. Até aquele momento, não havia confirmação da prisão do juiz, que também deve ficar preso na carceragem da PF.

No dia dos eleições, seis homens e quatro mulheres foram detidos quando embarcavam com destino a Barra de Santo Antônio e Porto de Pedras, que ficam no litoral sul de Alagoas. Com eles, foram apreendidas 83 carteiras de identidades falsas. Segundo a PF, o crime eleitoral teria sido praticado para beneficiar as candidaturas de Rogério e Rume Farias, além de vereadores ligados a eles, nos dois municípios. O prefeito negou as acusações, mas a PF diz ter provas suficientes para que sejam cassados os mandatos dele e da mulher.

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