O jovem acusado de ser o autor dos disparos que mataram o prefeito de Santo André Celso Daniel, em janeiro de 2002, completou 21 anos neste sábado, 4 de fevereiro, e deixou a Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem). Laércio Santos Muniz deixou a Febem e foi levado para o 78º Distrito Policial, onde está sendo ouvido pela delegada Maria Elizabeth Sato.
Muniz tinha fugido da Febem em junho de 2005 e foi preso na noite de 24 de janeiro em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Apesar de estar sem documentos, admitiu ser o atirador.
Como ainda tinha 20 anos, foi mantido na Febem, sob tutela do estado. Como completou 21 anos neste sábado, deverá ser transferido para uma cadeia. Muniz confessou o crime e responde também por seqüestro e latrocínio. Os depoimentos dele, porém, são contraditórios. Segundo a polícia, ele já contou três histórias diferentes. Por isso, pode não ter sido ele o autor dos disparos. O depoimento no 78º Distrito Policial está sendo acompanhado pelo Ministério Público de Santo André, que pode pedir a inclusão de Muniz no programa de proteção a testemunhas.
Sete pessoas são acusadas da morte do prefeito petista Celso Daniel. Há divergência entre a polícia e o Ministério Público nas investigações do caso. Enquanto a polícia concluiu o inquérito afirmando que o assassinato foi um crime comum, os promotores acreditam que houve motivo político para o seqüestro e morte de Celso Daniel.
Celso Daniel foi seqüestrado e morto na capital paulista, depois de um jantar com Sérgio Gomes da Silva, conhecido como 'Sombra'. O corpo foi achado dois dias depois. Muniz confessou o crime ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e participou da reconstituição do assassinato. Ele teria recebido a ordem do criminoso José Edson da Silva, um dos líderes do seqüestro. O Ministério Público acusa Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, de ter encomendado a execução por motivos políticos.
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