Citado em delação, ministro Lobão entra em férias
Citado em depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa à Polícia Federal (PF), o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, está em férias desde essa segunda-feira (8) e permanecerá fora do trabalho até sexta-feira (12).
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Quatro réus presos da Operação Lava Jato - investigação sobre lavagem de R$ 10 bilhões e corrupção na Petrobras - estão sendo investigados por uma tentativa de fuga que teria ocorrido depois de eles prestarem depoimentos na sede da Justiça Federal, em Curitiba, na última quarta-feira (03). Todos os detentos investigados estão presos na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital.
Conforme a assessoria da Secretaria de Justiça do Paraná (Seju), o agente penitenciário Leonardo Cazais, que acompanhava os réus da unidade até a sede da Justiça Federal, relatou que os presos Carlos Habib Chater, Rene Luiz Pereira, André Catão de Miranda e André Luiz Paula dos Santos teriam o empurrado junto com a porta do camburão na saída do depoimento.
Ainda conforme a assessoria da Seju, os presos negam a acusação. Eles alegam que, enquanto aguardavam outro depoente entrar no veículo, pediram que agente deixasse a porta aberta para amenizar o calor. Mas, conforme relato de Cazais, os presos teriam ameaçado processar outros dois policiais militares que os acompanhavam usando como argumento suas "condições financeiras".
A Seju confirma também que, com o relato do agente penitenciário, o diretor da unidade prisional de São José dos Pinhais, Jeferson Medeiros Walkiu, abriu um procedimento de investigação do caso no Departamento de Execuções Penais da Secretaria. Porém, os policiais militares que acompanhavam os detentos não teriam comparecido ao depoimento, marcado para essa terça-feira (9).
Outro lado
Procurado, o advogado do doleiro Chater, Christian Laufer, confirma que o caso está sendo investigado e diz que o procedimento administrativo vai provar que seu cliente não tentou fugir. "Ninguém tentaria uma fuga dessa forma: algemado e diante de policiais armados", afirma. Os defensores dos demais presos não foram localizados pela reportagem para comentar o caso.