Um pedido de vista do ministro Hamilton Carvalhido interrompeu o julgamento, iniciado na tarde desta terça-feira, pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) do habeas-corpus em favor de Suzane von Richthofen. A ação visava à liberdade provisória para Suzane, acusada de participação no assassinato dos pais, Marísia e Manfred Von Richthofen, em agosto de 2002.Uma nova sessão da Sexta Turma do STJ só vai acontecer no próximo dia 27 de junho. Mesmo assim não há garantia que o hábeas-corpus seja julgado. Se isso não acontecer, o pedido dos advogados só deverá ser apreciado em agosto, já que haverá recesso forense.
De acordo com a assessoria de imprensa do STJ, se o julgamento do hábeas-corpus não acontecer, a liminar que concedeu a prisão domiciliar a Suzane continua valendo. O julgamento está marcado para o dia 17 de julho.
Os advogados de defesa de Suzane querem que ela aguarde em liberdade o julgamento e, caso seja condenada pela morte dos pais, também fique em liberdade provisória até que todos os recursos se esgotem na Justiça. O julgamento de Suzane von Richthofen e dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos está marcado para 17 de julho.
A liberdade provisória e a garantia de que ela poderá ficar fora da prisão mesmo se condenada é o mesmo tipo de benefício concedido ao jornalista Antonio Marco Pimenta Neves. Ele foi condenado a mais de 19 anos de prisão pela morte da ex-namorada e também jornalista Sandra Gomide. O crime ocorreu em agosto de 2000, mas vários recursos da defesa do jornalista adiaram o julgamento por seis anos. Condenado em abril deste ano, ele continua solto.
A prisão domiciliar de Suzane foi determinada pelo ministro Nilson Naves, relator do caso no STJ. Esse benefício foi concedido em forma de liminar e tem validade até o julgamento do hábeas-corpus pela Sexta Turma do STJ. O STJ também já tinha adiado a decisão se a entrevista concedida por Suzane ao programa Fantástico, da Rede Globo, poderá ou não ser usada pela acusação.
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