A advogada Maria Cristina Rachado afirmou que foi enganada pelo advogado Sérgio Wesley e que não conhecia o conteúdo do CD com o depoimento dos delegados à CPI das Armas. Em desabafo à CPI, durante a acareação, ela disse que 'vidas estão em jogo' e que quer a apuração da verdade.O deputado Paulo Pimenta (PT/RS), relator da CPI, chegou a oferecer a Maria Cristina transformar a sessão em reservada, 'pois o crime organizado impõe medo, inclusive aos advogados que atuam para eles'. Paulo Pimenta afirmou que Wesley tinha interesse no conteúdo do depoimento do cliente dele, Leandro carvalho, justamente para protegê-lo e mostrar ao crime organizado que ele não havia dito à CPI segredos ou informações que pudessem incriminar qualquer facção criminosa.
O funcionário terceirizado da Câmara, Arthur Vinicius Pilastres, fez duas cópias do CD e disse ter entregado cada uma delas para os advogados. Maria Cristina nega ter ficado com uma das cópias ou conhecer o conteúdo dela.
- Ah, doutora, pelo amor de Deus. É mentira - disse o advogado Wesley.
A advogada disse que tinha sido usada como laranja no caso.
- Chega de mentira, doutor - afirmou Maria Cristina, dizendo que não milita apenas na área criminal e sua carreira esta sendo destruída por causa do episódio.
Maria Cristina disse que devolveu, no mesmo dia, a cópia do CD ao próprio Arthur Vinicius depois que Wesley foi embora. Disse ainda que devolveu o CD porque desde o início achou que tinha algo errado. A advogada disse também que Arthur Vinicius ofereceu aos advogados mais serviços, para que acompanhasse outros processos em Brasília. Wesley negou e disse que não tem qualquer processo de cliente seu em Brasília.
Maria Cristina, em seu depoimento, havia despertado a ira dos deputados ao dizer que no email trocado com Arthur Vinicius a sigla 'HC' era Hábeas-corpus, e não uma senha para obter mais documentos ligados a Marcola, cujo nome completo é Marcos Willians Herbas Camacho, ou HC, se considerada as iniciais dos dois últimos sobrenomes.
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