A advogada Maria Cristina de Souza Rachado negou que tenha pedido ajuda ao funcionário terceirizado da Câmara dos Deputados, Arthur Vinícius Pilastre Silva, para acompanhar um processo no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. O mesmo funcionário é acusado de vender cópias dos depoimentos sigilosos de delegados do Deic. No início do depoimento, a advogada negou que tivesse tido contato com Arthur. Mas o relator Paulo Pimenta disse que tem cópia de um e-mail enviado por ela a Arthur. O email está assinado por Cris.- Quem é a pessoa que assina o email? Quem poderia assinar Cris em seu escritório? A senhora tem algum apelido? - questionou Pimenta.
- Tenho uma imobiliária chamada Cris Consultoria de Imóveis - disse Maria Cristina.
O relator também perguntou com quem a advogada foi almoçar no restaurante da Câmara.
- Tenho imagens do shopping onde a senhora foi com o advogado Wesley e o funcionário da Câmara fazer a cópia, tenho imagens de dentro da Câmara e estou comparando com o que a senhora está me dizendo - afirmou o relator.
- Almocei no restaurante com o doutor Sérgio e o Arthur. Mas havia outras pessoas na frente, que sentaram à mesa - disse ela.
- A senhora não foi apenas com eles - isse o relator.
- Não fui? - respondeu a advogada, causando risos nos deputados que participam da sessão.
- Não quero criar uma situacão de constrangimento aqui. Vou lhe dar uma chance de falar a verdade nesta CPI, sob o risco da senhora ser incriminada por falso testemunho. A senhora não está falando a verdade - afirmou o deputado.
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