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A advogada Iracema Vasciaveo, que visitou líderes de uma facção criminosa no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes na companhia de representantes da polícia paulista, negou que tenha intermediado um acordo entre o governo e os criminosos que organizaram as rebeliões e ataques em São Paulo. Iracema esteve no presídio no domingo e afirma que sua visita foi um gesto de "boa vontade" do governo paulista para tranqüilizar os familiares de presos.

Há informações não confirmadas que a advogada e ex-delegada tenha sido a porta-voz da facção junto ao governo. Segundo essas informações, as reivindicações dos presos foram apresentadas por ela às autoridades. Há outros indícios que mostram que Iracema paticipou das negociações. Ela utilizou um avião oferecido pelo governo do estado para a visita à Presidente Bernardes. Também recebeu permissão especial para ver Marcos Camacho, o Marcola, antes do prazo permitido. Pelo regime disciplinar diferenciado, os presos só podem receber visitas depois de dez dias de confinamento. Marcola chegou ao presídio de segurança máxima no sábado.

- Foi uma coincidência. Não houve qualquer acordo. Entramos os quatro na sala (ela, um representante da Polícia Militar, um corregedor e um delegado) e saímos juntos. Não deixei ninguém sozinho na sala - afirma Iracema.

De acordo com ela, Marcola foi o único preso que não falou nada durante toda a visita.

- O clima era tenso. Eles não sabiam por que estavam ali e não me conheciam. Falei que representava os familiares e eles afirmaram que estão bem fisicamente, mas pediram para saber o que estava ocorrendo. Eles não pareciam saber das rebeliões - afirmou a advogada.

Iracema afirma que não é advogada de Marcola e nem de membros da facção criminosa. Ela explica que é membro da Nova Ordem (ONG que apóia familiares de presos) e da Associação de Advogados Criminalistas de São Paulo (Acrimesp), e por isso foi procurada por parentes que queriam informações sobre os presos que passaram pela capital na sexta-feira. Iracema afirma que pediu autorização para visitar os presos no sábado e, no domingo, foi procurada pela Secretaria de Administração Penitenciária, que autorizou a visita e providenciou a viagem.

A advogada afirma ainda que não sabe o nome de todos os presos visitados.

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