Brasília - O novo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, saiu em defesa ontem do presidente Lula e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que, segundo a oposição, teriam feito propaganda eleitoral antecipada ao visitarem as obras de transposição do Rio São Francisco.
Ao afirmar que o presidente não pode ficar numa "redoma", Adams disse que Lula e Dilma não fizeram campanha eleitoral antecipada uma vez que cumpriram atividades de governo. "O presidente da República é uma figura pública e uma figura que realiza um acompanhamento de obras, tem atuação muito ativa nesse processo. Eu não vejo nenhum conteúdo eleitoral nesse processo. Não é possível colocar o presidente numa redoma", afirmou.
Adams disse que Dilma, apesar de ser pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, é uma ministra que precisa dar continuidade às suas ações no governo. "Ela não é candidata no momento, é ministra de Estado, participa dos eventos da administração. Tem o direito e o dever de estar presente naqueles atos relacionados à sua atividade institucional. O governo tem que se comunicar com a sociedade, tem que apresentar à sociedade os seus projetos. Isso não pode ser interpretado sempre como atuação eleitoral."
A oposição ingressou no Tribunal Superior Eleitoral com representação contra Lula e Dilma por campanha eleitoral antecipada, na semana passada, referente à viagem ao Vale do São Francisco.
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