A defesa do prefeito de Jandaia do Sul (PR) e ex-deputado José Borba (PP) apostou em ataques ao trabalho do Ministério Público Federal (MPF) no oitavo dia de julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o advogado Inocêncio Mártires Coelho, "os textos do Ministério Público estão cheios de furos e esparadrapos". Na avaliação de Coelho, as provas apontadas pela Procuradoria Geral da República como "robustas", não passam de "frase de efeito" e são "anêmicas".De acordo com a denúncia, Borba recebeu R$ 200 mil do valerioduto para votar a favor do governo Lula no Congresso. Ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Coelho sustentou que não há provas contra seu cliente. "Os membros do Ministério Público vêm se comportando como advogados, deixando-se guiar pela lógica de advogados, pela lógica da condenação a qualquer custo", disse.
Ele desqualificou o depoimento do publicitário Marcos Valério, operador do mensalão, que envolveria Borba."Quem é Marcos Valério? Trata-se de um personagem cuja própria denúncia afirma que apresentou informações inconsistentes. É neste informante que o Ministério Público se apoia para dizer que ele recebeu determinadas quantias por sua atuação, que só pode ser a atuação parlamentar", disse.
O advogado afirmou que a Procuradoria trabalhou com ilações. "Aquilo que o Ministério Público não conseguiu provar, não temos dúvida de reafirmar que não se trata de uma incompetência técnica. São as armadilhas do processo."
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