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Gilmar e Cristiane Yared e o advogado Elias Mattar Assad: "Tive acesso hoje ao inquérito e posso garantir que tudo o que deveria ser feito o foi" | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
Gilmar e Cristiane Yared e o advogado Elias Mattar Assad: "Tive acesso hoje ao inquérito e posso garantir que tudo o que deveria ser feito o foi"| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Durante o acidente que matou os dois rapazes, o deputado Fernando Ribas Carli Filho decolou com seu carro tamanha era a velocidade que ele desenvolvia, disse ontem o advogado Elias Mattar Assad, que representa a família de Gilmar Rafael Souza Yared. Segundo ele, um estudo comprovará em breve a tese de que o carro "voou". "Um laudo deverá ser emitido em pouco tempo com as condições do acidente. Há evidências de que o carro do deputado literalmente decolou", declarou, ao acompanhar os pais do jovem morto em depoimento à Polícia Civil. "Inúmeras pessoas" teriam se colocado à disposição da família das vítimas para testemunhar sobre a alta velocidade, garantiu Assad.

Informações preliminares da polícia davam conta de que o velocímetro do deputado teria travado em 190 quilômetros por hora no momento da batida. O delegado Armando Braga de Moraes, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), afirmou no dia seguinte ao acidente que encontrou o velocímetro marcando zero – ontem, o delegado anunciou que não daria mais entrevistas à imprensa.

O tenente do Corpo de Bombeiros Tiago Zajac, que atendeu o acidente, também afirma que o marcador estava em zero. Sem dizer quem foi o culpado, Zajac revelou apenas que a batida foi "violenta". Segundo ele, o deputado foi levado ao hospital em estado de "semiconsciência". "Ele só gritava de dor e dizia ser o 'Fernando'. Até então, não sabíamos que era um deputado", relatou.

Apesar do desencontro de informações, Assad disse que confia nas investigações da polícia. "Tive acesso hoje ao inquérito e posso garantir que tudo o que deveria ser feito o foi". Uma das garantias de que as investigações prosseguirão com lisura é a participação do Tribunal de Justiça do Paraná e do Ministério Público Estadual. Por envolver um deputado, que tem foro privilegiado, a Procuradoria-Geral do Estado designou ontem um desembargador para acompanhar o caso, que também terá a participação do promotor de Justiça Rodrigo Chemim.

A assessoria da Urbs confirmou que recebeu a solicitação das imagens gravadas pelos radares que ficam próximos ao local do acidente e, assim que possível, repassará as gravações à polícia.

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