O advogado que representa a corretora Euro no Supremo Tribunal Federal (STF), Sidney Saraiva Apocalypse, disse nesta segunda-feira que quando pediu ao STF a liminar para suspender o uso dos dados do sigilo da corretora o ministro relator, Eros Grau, pediu informações à CPI sobre os motivos da quebra, e não se mencionou a suspeita de repasses suspeitos para parlamentares.

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Segundo ele, a comissão não justificou a razão para determinar a quebra dos sigilos postal, bancário e telefônico da corretora e o Supremo, mesmo ouvindo o outro lado, resolveu conceder a liminar. Ele disse desconhecer que a Euro tenha feito repasses para parlamentares, ou tenha vínculo com o esquema de abstecimento do caixa dois partidário investigado pela CPI dos Correios.

- Se houver motivos o Supremo pode reconsiderar sua posição. Mas eu desconheço repasses da Euro para pessoas ligadas a parlamentares. Até agora não se fez menção sobre a conduta da Euro que pudesse colocá-la como participante dessa estrutura de caixa dois - disse Sidney Apocalypse.

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A CPI dos Correios vai tentar aprovar na sessão administrativa desta terça-feira uma nova quebra de sigilo da corretora. Pelo menos um caso já está com as investigações adiantadas e diz respeito ao pagamento de R$ 100 mil, pela corretora, a Renato Paolielo, assessor de imprensa do deputado Nilton Baiano (PP-ES). A corretora, que teve a quebra de sigilo bloqueada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é acusada de dar um prejuizo de R$ 8 milhões ao fundo de pensão Nucleos, das empresas nucleares federais.

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