O advogado Mario de Oliveira Filho, que representa o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil (BB), Henrique Pizzolato, disse nesta quinta-feira que as decisões sobre os contratos de propaganda da empresa durante a gestão do ex-diretor eram feitas por comitês e não exclusivamente por Pizzolato.
- Ele, Henrique Pizzolato, individualmente, não tinha competência funcional para contratar ninguém nem para fazer rescisão de contrato. Tudo isso passava por comitês que analisavam e faziam as contratações ou rescisões - disse.
A afirmação do advogado foi uma resposta à conclusão parcial das investigações feitas pela CPI dos Correios, nos contratos da DNA Propaganda, empresa de Marcos Valério de Souza, e a Visanet, empresa controlada pelo BB.
Segundo o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), a Visanet teria favorecido a DNA Propaganda em contratos de R$ 73,8 milhões, entre 2003 e 2004, quando Pizzolato era diretor de Marketing do BB. Além disso, em 2003, o BB teria feito uma nota técnica informando à Visanet que apenas a DNA cuidaria das contas de publicidade, que antes eram divididas entre três empresas.
O advogado Mario de Oliveira Filho disse que ainda não tinha conversado com Pizzolato e que seria preciso conhecer mais profundamente o relatório da CPI para que pudesse falar sobre a denúncia:
- Primeiro, é preciso verificar a veracidade da acusação e fazer um levantamento para ver até onde isso tem conteúdo. São tantas acusações que morrem na praia, que seria preciso uma verificação.
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