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O advogado Valter Santos Neto, sócio da MM Consultoria Jurídica, negou ter sido um "laranja" e ter feito pagamento de propinas para pessoas que ajudaram a intermediar a renovação de contrato entre a multinacional Gtech e a Caixa Econômica Federal (CEF), no valor de R$ 650 milhões, destinado à operacionalização da rede lotérica em todo o país. O contrato, feito em abril de 2003, foi renovado por 25 meses.

O advogado, que já admitiu ter recebido a título de honorários advocatícios a quantia de R$ 5 milhões da Gtech, disse que gastou desse total R$ 1,2 milhão com mulheres, bebidas e viagens, por ter problemas de personalidade e compulsividade com dinheiro, informando ainda que está em tratamento psiquiátrico.

O senador José Jorge (PFL-PE) acha, no entanto, que há fortes indícios de que parte do dinheiro recebido pelo advogado da Gtech tenha sido paga em propinas para pessoas que ajudaram a intermediar a renovação do contrato com a Caixa.

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