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O jornalista Marcelo Netto, ex-assessor especial do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, chegou à Polícia Federal antes das 8h, e presta depoimento ao delegado Rodrigo Carneiro Gomes, responsável pelo inquérito que apura a quebra ilegal do sigilio do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Marcelo Netto chegou acompanhado do advogado Eduardo Toledo. Em rápida entrevista, o advogado negou que seu cliente tenha vazado para a imprensa o extrato bancário do caseiro.

Antonio Palocci prestou depoimento reservado na terça-feira à PF por três horas e negou que tenha ordenado a quebra do sigilo do caseiro. As declarações não convenceram a Polícia Federal, que indiciou o ministro por violação de sigilo. O ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso também já tinha sido indiciado pelo mesmo crime. Os advogados de Palocci e a PF montaram um esquema especial para evitar que o ministro fosse exposto às câmeras. O depoimento oficial estava marcado para esta quarta-feira pela manhã na sede da PF, mas acabou sendo realizado na terça-feira mesmo na residência de Palocci. Para depôr em casa, Palocci alegou problemas de saúde.

O motorista Francisco Chagas da Costa disse ter visto um carro igual ao do assessor na garagem da casa do então ministro da Fazenda, no dia 16 de março, data em que o presidente da Caixa, Jorge Mattoso, informou ter entregue o extrato de Francenildo ao então ministro da Fazenda.

- Meu cliente era assessor de imprensa do ministro Palocci, que estava vivendo uma crise que se arrastava por dez meses. A presença dele, seja no ministério ou na casa do ministro, se justifica pelas funções que ele exercia. O estranho seria que, num momento desses, o assessor não estivesse próximo ao chefe dele - disse Eduardo Toledo, ao chegar à sede da PF.

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