Paulo Bernardo: ex-ministro do Planejamento.| Foto: Josue Teixeira/Josue Teixeira

O advogado do ex-vereador petista Alexandre Romano, investigado pela Operação Lava Jato, nega que ele tenha implicado o ex-ministro Paulo Bernardo em recebimento de propinas. Antônio Figueiredo Basto, que defende Romano, afirmou à Gazeta do Povo que até o momento Romano deu apenas um depoimento à Polícia Federal e que não teria citado o ex-ministro.

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A Folha de S.Paulo deu em manchete nessa edição de quarta-feira (21) reportagem afirmando que Romano, em delação premiada, teria citado Paulo Bernardo e o atual ministro da Previdência, Carlos Gabbas, como beneficiados por um esquema de propinas do ministério. A origem do dinheiro seria a empresa Consist, que fazia a gestão dos contratos de empréstimos de funcionários públicos.

À Gazeta do Povo, Figueiredo Basto negou a própria existência da delação. Romano foi preso em São Paulo e ficou detido em Curitiba, mas já foi solto. Segundo sua defesa, porém, a soltura dele não tem qualquer relação com uma possível delação.

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De acordo com a Folha, a Consist repassava dinheiro para escritórios de advocacia que faziam a gestão desse “fundo”. A Gazeta do Povo já informou que o escritório de Curitiba citado é o de Guilherme Gonçalves, especializado em direito eleitoral e que atendeu campanha da senadora Gleisi Hoffmann (PT), esposa de Paulo Bernardo.

Paulo Bernardo, Gleisi e Guilherme Gonçalves já negara m as acusações em ocasiões anteriores. Em entrevista nesta quarta pela manhã, a senadora voltou a afirmar que não conhece Romano nem teve acesso a qualquer coisa que ele tenha dito à Polícia Federal ou ao Ministério Público.

Segundo Gleisi, ela apenas conhece Guilherme Gonçalves, que trabalhou em várias campanhas suas. A senadora diz que também considera errada a acusação de que Gonçalves teria pago contas dela ilegalmente. “O que ele pagou foram multas eleitorais porque perdeu prazos.” Gonçalves, segundo o Ministério Público Federal, Gonçalves também teria pago um motorista de Gleisi. A senadora diz que o motorista trabalhava para o escritório de Gonçalves, que apenas o emprestava para a senadora.

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A reportagem enviou perguntas por e-mail para o ex-ministro Paulo Bernardo e aguarda as respostas.